Os EUA e a UE alertam Israel que tem de agir em conformidade com o direito internacional. Para o comentador da SIC Luís Delgado há uma tentativa de “refrear do ímpeto” das forças militares israelitas.
Joe Biden participou quarta-feira à noite num evento da comunidade judaica em Washington em que reafirmou o apoio total a Israel, mas sublinhou que o país tem de agir em conformidade com o direito internacional. Para Luís Delgado, não há um recuo do Presidente norte-americano no declarado apoio incondicional a Israel.
“Todos [os Presidentes americanos] fizeram em circunstâncias idênticas com Israel, foi moderar um pouco aquilo que é a fúria e o ímpeto tradicional das forças militares israelitas”.
Também a UE diz que "Israel tem o direito de se defender, mas de acordo com a lei internacional", nas palavras do Alto Representante para a Política Externa.
Com explica Luís Delgado, “Israel decidiu que chegou a altura de uma vez por todas de resolver a questão da Faixa de Gaza”.
“A estratégia militar de Israel é simples: destruir completamente o Hamas e, se possível, fazer a mesma coisa com Hezbollah”.
Para tal, é necessário que as forças terrestres israelitas entrem num perímetro que tem o tamanho da cidade de Lisboa e onde estão 2 milhões de pessoas, explica, sublinhando que haverá sempre vítimas colaterais neste tipo de operação.
Via diplomática “está completamente fora de hipótese”
“Historicamente, nunca Israel fez isso. Historicamente, Israel foi sempre atacado e foi sempre vencedor desse tipo de batalhas e vai até ao fim”.
Para Luís Delgado, numa eventual negociação, “Israel só falará com a Autoridade Nacional Palestiniana, aquela que é legitimamente reconhecida por eles e internacionalmente”, mas só depois de entender que a operação está terminada.
“Ninguém está a ver em nenhuma circunstância a possibilidade de numa negociação que seja com o Hamas”.
Vamos assistir a um aumentar da pressão sobre Israel neste sentido, como a União Europeia também já o fez?
(s)
No que é que a formação de um governo de emergencia pode ajudar na ofensiva que Israel tem em curso?
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Há alguma via diplomática a explorar neste conflito?