Germano Almeida, comentador da SIC, considera que Israel vai invadir Gaza, no máximo, nos próximos dois dias. No entanto, explica que o país não tem interesse num "banho de sangue". O especialista acredita que a viagem de Antony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos, a países árabes "teve frutos" em relação a soluções humanitárias.
Questionado se, após a abertura da fronteira a estrangeiros, vai seguir-se uma invasão terrestre de Israel, o comentador da SIC considera que "sim" e que é uma "questão de tempo: horas, um dia, dois dias no máximo".
Germano Almeida esclarece que Israel, que tem o "plano preparado", não tem interesse num "banho de sangue", ao contrário do Hamas.
"Para o Hamas, quanto mais população civil morrer, mais pode diabolizar Israel. Israel tem como objetivo eliminar o Hamas fazendo o mínimo de baixas possíveis", explica.
Após Israel negar um cessar-fogo no sul de Gaza, o comentador da SIC diz que esse facto tem de ser esclarecido.
A deslocação da população de Gaza de Norte para Sul correu "melhor do que o que se estava à espera", acredita, uma vez que em "48/50 horas, um número muito significativo de pessoas fez essa deslocação".
Estados Unidos no conflito
Germano Almeida afirma que é "muito relevante" que o Presidente dos EUA, Joe Biden, tenha dito que Israel "não deve retomar o controlo de Gaza". No entanto, para o comentador da SIC "não há alternativa".
"Em política e na administração de territórios, não há vazios, só fazem mal", explica.
Sobre a viagem de Antony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos, a países árabes, Germano Almeida considera que terá "dado frutos", sobretudo, numa solução humanitária.
No entanto, alerta:
"O número de mortos de palestinianos em Gaza e de Israel na sequência dos ataques do Hamas é recorde".