Milhares de pessoas, pelo menos 10.000, participaram esta domingo numa manifestação de apoio ao povo palestiniano em Madrid. Na capital espanhola uma marcha percorreu várias ruas do centro de Madrid gritando "Liberdade Palestina".
Em Espanha, a "Manifestação de Solidariedade com a Palestina" começou em Atocha e terminou na Puerta del Sol, onde um manifestante pendurou uma grande bandeira palestiniana num poste e foi lido um manifesto conjunto das organizações envolvidas na manifestação: Samidoun, Alkarama, Al-yudur, Masar Badil ou Juventude Palestina, entre outras.
"O povo palestino está a morrer", gritou o porta-voz das associações perante os manifestantes, muitos deles vestidos com lenços palestinianos e com a bandeira pintada no rosto.
Com os 'slogans' entoados na marcha, que contou com a presença de um grande número de famílias com crianças, os manifestantes apelaram ao fim da violência contra Gaza: "Não é uma guerra, é um genocídio", "Viva a luta do povo palestino" ou "Onde estão as sanções contra Israel".
Um grupo de jovens transportou três coroas fúnebres para expressar o seu pesar pelas vítimas dos ataques de Israel a Gaza, com diversas mensagens como "Vítimas do genocídio, estamos convosco".
Outro grupo de palestinianos que vive em Espanha, vestidos com "kufiyas" (lenço tradicional palestiniano) e mulheres com hijab (lenço na cabeça), ergueram uma grande bandeira e exigiam o fim do "genocídio israelita".
Líderes do Podemos e do Más País juntaram-se à manifestação
Os líderes do Podemos e do Más País juntaram-se à manifestação separadamente, mas com mensagens coincidentes dirigidas ao Governo espanhol, apelando para que este "deixe de mostrar cumplicidade" com Israel.
A secretária-geral do Podemos e ministra dos Direitos Sociais e Agenda 2030, Ione Belarra; a porta-voz desta formação, Isa Serra; o deputado de Sumar Íñigo Errejón e a porta-voz do Más Madrid na Assembleia regional, Mónica García, entre outros, assistiram a este ato de protesto e solidariedade.
"Defender a paz significa um cessar-fogo e canais diplomáticos, mas também uma paz duradoura, que implica acabar com a ocupação do território palestiniano, pondo fim à violação sistemática dos direitos humanos vivida pela população palestiniana", assegurou o porta-voz do Podemos.
Por sua vez, Errejón concordou que a única solução viável para o conflito é reconhecer o Estado palestiniano e cessar a ocupação do território por Israel, e juntou-se aos apelos para o fim dos bombardeamentos, não de defesa contra um ataque terrorista, mas sim "limpeza étnica".