É difícil calcular quantas pessoas estarão entre os escombros de Gaza. As Nações Unidas estimam que possam ser mais de mil. Muitas são retiradas já sem vida e os funerais invadem as ruas.
O número de mortos não para de aumentar, feridos são já quase 10 mil e já há pelo menos quatro hospitais, que por causa dos danos causados pelos ataques, não estão a funcionar.
Em toda a Faixa de Gaza, Norte e Sul, os hospitais que continuam de portas abertas estão à beira do colapso e em contrarrelógio com as reservas de combustível por horas.
Além do combustível, o cerco total imposto por Israel estrangulou o fornecimento básico à população, falta comida e água, só sobra o desespero.
“Não há água nem eletricidade. É uma situação miserável. Estou à espera desde as 5:00 para conseguir quatro litros de água. É uma situação deplorável", diz um cidadão.
A água vai chegando mas a conta gotas. Israel garantiu, entretanto, que está a retomar o abastecimento ao sul da Faixa de Gaza, para onde se deslocaram nos últimos dias milhares de palestinianos na tentativa de escapar à anunciada incursão terrestre de Israel no norte do enclave.