Ricardo Alexandre, jornalista da TSF e comentador SIC, considera "muito significativo" o pacote de ajuda que o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai enviar ao Congresso. Defende ainda que foi "tudo feito" para que os norte-americanos percebam que é um "momento crucial". Sobre o conflito no Médio Oriente, destaca a importância dos "dois Estados" e que Israel quer "garantias de segurança" em relação à ajuda internacional.
Num discurso à nação com atenções divididas entre Ucrânia e Israel, Joe Biden deixou claro que os EUA vão travar o Hamas e Vladimir Putin.
"Estamos em pré-campanha, temos a bancada republicana de uma ala muito radical, que se divide precisamente no apoio à política externa, no apoio ao financiamento de operações militares no exterior", afirma Ricardo Alexandre, acrescentando que é "muito significativo" o pedido urgente de financiamento ao Congresso.
O pedido deverá rondar os 100 mil milhões de dólares, aponta: 60 mil milhões deverão ser para a Ucrânia, 30 mil milhões para Taiwan e apenas 10 mil para ajudar Israel.
Para o jornalista da TSF, "tudo foi feito" para que os americanos entendam que é um "momento crucial", sobretudo pela "cenografia à volta do pedido" e pelo facto do discurso ter sido na casa oval, o que não é habitual.
Por outro lado, destaca o compromisso do Presidente dos Estados Unidos em relação à guerra na Ucrânia.
Sobre o conflito em Israel, considera importante "desenterrar a ideia dos dois Estados", que parecia "metida na gaveta" ou "atirada para um canto".
"É importante que a comunidade internacional continue a dizer a Israel que aquilo que defende é a solução de dois Estados", afirma Ricardo Alexandre.
O jornalista da TSF e comentador da SIC refere que a entrada de ajuda humanitária em Rafah pode não acontecer esta sexta-feira.
Israel quer garantias de segurança de que a ajuda internacional "não vai parar ao Hamas". No entanto, é "difícil de controlar" porque Israel não tem forças militares do outro lado da fronteira.
"A ajuda é limitada. Os próprios motoristas dos camiões sentem insegurança".