O recém-nomeado primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, anunciou que o país não vai fornecer mais ajuda militar à Ucrânia nem vai aplicar sanções contra a Rússia, informa a imprensa eslovaca.
O chefe do Executivo fez uma forte campanha nas eleições de setembro, prometendo suspender a ajuda militar da Eslováquia à Ucrânia, tornar a política externa independente e proteger as fronteiras dos imigrantes ilegais.
Os líderes da União Europeia reúnem-se, esta quinta-feira, em Bruxelas para discutir o conflito entre Israel e o Hamas, ao mesmo tempo que pretendem mostrar apoio contínuo à Ucrânia na sua guerra contra a Rússia.
Esta quinta-feira, antes de partir para a cimeira, Fico, nomeado pela quarta vez como primeiro-ministro na quarta-feira, disse a uma comissão parlamentar que não apoiaria a ajuda militar à Ucrânia, de acordo com o site de notícias eslovaco Dennik N.
"Todos nós vemos que não há solução militar", disse.
Sanções à Rússia também não serão aplicadas pelo país
Quanto às sanções contra a Rússia, o primeiro-ministro afirmou que não votaria a favor de quaisquer novas medidas enquanto não avaliasse o impacto que teriam na Eslováquia, segundo o site Dennik N e o site dos jornais Pravda, citados pela Reuters.
Fico vincou repetidamente que iria suspender a ajuda militar à Ucrânia, depois de anteriores Governos eslovacos terem enviado para o país material militar, incluindo caças, um sistema de defesa aérea S-300, veículos de combate e de desminagem.
Por outro lado, o chefe do Executivo tem afirmado que apoia os esforços humanitários e de reconstrução e que apoia as conversações de paz para a Ucrânia.