Israel aceitou adiar a ofensiva na Faixa de Gaza para que os Estados Unidos possam instalar defesas antimísseis para proteger as suas tropas na região. Joe Biden nega, no entanto, essa exigência, Para Germano Almeida, a decisão israelita tem, no entanto, influência dos EUA.
“Haverá no mínimo a presença americana junto da decisão israelita. Mostra que, quando Israel avançar em força, está também ameaçada por vários lados, nomeadamente por interesses iranianos que podem atacar Israel caso Israel avance para essa operação e, portanto, Israel precisa de posicionamento americano”.
A incursão israelita desta noite é já a maior incursão desde o ataque do Hamas de dia 7 de outubro.
“Israel estará em coordenação com os Estados Unidos a avaliar como poderá lançar a grande ofensiva não dando trunfos aos adversários pró-iranianos”,
Hezbollah, Hamas e Jihad Islâmica
O Hezbollah acordou com o Hamas e com a Jihad Islâmica em criar uma frente comum em coordenação entre todos, com vista à vitória. Em Gaza o acordo inclui também os ataques cruzados que o Hezbollah mantém a Israel a partir do Sul do Líbano.
“Este entendimento entre estas forças não é que seja novidade, mas é uma confirmação que é isso que está a passar. Ou seja, o desafio de Israel não é só a questão do Hamas na Faixa de Gaza, é saber que, quando começar a operação terrestre, vai haver um ataque coordenado, o chamado anel de fogo contra Israel”.
E por isso, Netanyahu tem um problema muito maior do que “apenas” eliminar o Hamas dentro da Faixa de Gaza, afirma Germano Almeida.
"A entrada de tanques israelitas dentro da Faixa de Gaza para cirurgicamente apanhar alvos do Hamas é uma gota de água naquilo que Israel tem que fazer do ponto de vista militar" .
"Israel está a passar uma questão existencial"
Netanyahu admitiu que ele próprio irá responder pelas falhas de segurança no dia 7 de outubro, um problema interno que "mostra que estamos também em haver a embora. Esta tenha a ver com uma questão regional e 1 e 1 é um problema que Israel tem ao nível dos seus inimigos, vamos chamar assim, externos é também
"Um problema de política interna Israelita, porque apenas 20% dos Israelitas ainda confiam em Netanyahu e mais de 85% dizem que a culpa do que aconteceu a 7 de outubro foi dele, ou seja, há até quem diga que quando esta guerra acabar, a consequência primeira será a queda de Netanyahu no Governo Telavive"
Com o novo speaker, a ”via Trumpista” ganhou
Finalmente eleito o novo presidente do Congresso dos EUA, este órgão volta a estar funcional, mas torna mais difícil a ajuda à Ucrânia, diz Germano Almeida.
“Com o novo speaker, a ”via Trumpista” ganhou definitivamente e Mike Johnson promete não ceder em nada aos democratas, nomeadamente a questão da continuação da ajuda americana à Ucrânia".
Mike Johnson tem uma reserva muito maior em relação à continuação desse apoio em relação ao seu antecessor, Kevin McCarthy.