A prometida intensificação, que as forças israelitas designaram como expansão das operações na Faixa de Gaza, continua. Em 24 horas, as forças de defesa do país relatam ter atingido 450 posições do Hamas.
Israel mantém mobilizadas junto à fronteira grande parte das forças terrestres. Apesar dos apelos internacionais para uma trégua humanitária, prosseguem as operações apoiadas por fortes bombardeamentos aéreos. Ambos os lados mostraram vídeos e relataram baixas, sobretudo na operação terrestre que estará a ocorrer no Norte da Faixa de Gaza. As comunicações foram, entretanto, parcialmente restabelecidas.
Na véspera, recorde-se, o primeiro-ministro israelita tinha classificado como “longa e difícil” a guerra que apelidou como a “segunda da independência” de Israel e, pela primeira vez, aludiu à questão que lhe diz respeito.
Aplacadas as críticas num primeiro momento, setores da sociedade israelita voltam a questionar as responsabilidades do Governo de Netanyahu, nomeadamente nas falhas que levaram aos ataques do Hamas.
Durante a madrugada, Netanyahu escreveu uma publicação na rede social X em que dizia nunca ter sido alertado para riscos de segurança, mas em seguida apagou e substituiu por um pedido de desculpas. Já durante o dia visitou uma unidade da marinha israelita estacionada junto à Faixa de Gaza.
No Norte, os confrontos entre forças israelitas e milícias do Hezbollah já fizeram 64 mortos - 12 em Israel, 58 no Líbano -, e mais cinco palestinianos foram mortos pelo exército israelita na Cisjordânia.
Várias feridos em distúrbios no aeroporto do Daguestão
A marcar este domingo estão distúrbios no aeroporto de Makhachkala, capital da região russa do Daguestão, por causa de um voo proveniente de Israel, revelaram as autoridades locais.
Na rede social Telegram, o Ministério da Saúde do Daguestão indicou que várias pessoas tiveram de receber assistência médica na sequência daquilo que foi descrito como um ataque causado por uma "multidão hostil" ao aeroporto de Makhachkala.
Entretanto, e na sequência destes distúrbios, a agência federal de aviação da Rússia, Rosaviatsia, revelou que o aeroporto ficará provisoriamente encerrado até 6 de novembro.
Segundo a agência France-Presse, os distúrbios aconteceram depois de um avião proveniente de Telavive, com destino a Moscovo, ter feito uma escala em Makhachkala.
Ao anúncio da chegada do aparelho, dezenas de homens invadiram a pista e o terminal do aeroporto, com a intenção de verificar passaportes dos passageiros à procura de cidadãos israelitas. No Daguestão, que pertence à Rússia, a população é predominantemente muçulmana.
As autoridades do Daguestão anunciaram que a situação estava "sob controlo", mas o aeroporto acabou por ser encerrado e os voos foram redirecionados para outros locais.
Em comunicado, o governo de Israel apelou à Rússia que "proteja todos os cidadãos israelitas e todos os judeus" e disse que encara com seriedade todas as "tentativas de ataque a cidadãos israelitas e a judeus em todo o mundo".
O grupo islamita palestiniano Hamas atacou Israel no dia 7 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, na maioria civis, segundo as autoridades. Mais de 200 pessoas foram sequestradas e permanecem nas mãos do grupo islamita desde então.