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Duas crianças francesas mortas na Faixa de Gaza, confirma Paris

"A França tomou conhecimento, com tristeza, da morte de duas crianças francesas que se encontravam no norte da Faixa de Gaza com a sua mãe francesa, que terá ficado ferida, bem como o seu terceiro filho", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Prédio residencial em Gaza alvo de bombardeamento
Prédio residencial em Gaza alvo de bombardeamento
AHMED ZAKOT

O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês confirmou esta terça-feira a morte de duas crianças francesas na Faixa de Gaza, adiantando que a mãe e um terceiro filho terão ficado feridos.

"A França tomou conhecimento, com tristeza, da morte de duas crianças francesas que se encontravam no norte da Faixa de Gaza com a sua mãe francesa, que terá ficado ferida, bem como o seu terceiro filho", declarou o Quai d'Orsay num comunicado, em que não especificou as circunstâncias das mortes.

No entanto, o Consulado Geral de França em Jerusalém "não pode estabelecer um contacto direto no terreno com esta cidadã", o que significa que, "nesta fase, não pode verificar a situação desta família", prosseguem as autoridades francesas, que afirmam continuar a envidar esforços para "contactar a cidadã e prestar-lhe assistência e apoio, bem como à respetiva família".

Paris faz “apelo urgente para trégua humanitária”

O exército israelita tem estado a bombardear constantemente a Faixa de Gaza em represália ao sangrento ataque perpetrado no seu território pelos combatentes do movimento islamita Hamas, a 7 deste mês, que fez mais de 1400 mortos, na sua maioria civis, abatidos a tiro, queimados vivos ou mutilados.

O Ministério da Saúde do Hamas anunciou no mais recente balanço a morte de mais de 8.500 pessoas, na sua maioria civis, nos bombardeamentos israelitas.

"[A França] pede, mais uma vez, com urgência, que os cidadãos estrangeiros, e em particular os nossos compatriotas, sejam autorizados a deixar Gaza", segundo o comunicado de imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.

Paris também reitera "o apelo urgente para uma trégua humanitária para que a ajuda humanitária possa chegar aos necessitados".

"O acesso humanitário deve ser contínuo, rápido, seguro e desimpedido, para que a ajuda possa responder de forma sustentável às necessidades da população civil em Gaza", segundo o Quai d'Orsay.