Nos últimos dias, o Hamas libertou 58 reféns que tinham sido sequestrados durante os ataques de 7 de outubro. Começam a ser conhecidas as histórias de sobrevivência, como a de Yaffa Adar, uma mulher israelita de 85 anos que foi libertada na passada sexta-feira.
“Ela é forte e posso dizer que ela disse que pensou muito na família e que isso a ajudou a sobreviver, que conseguia ouvir as vozes dos bisnetos a chamá-la e que isso lhe deu muita força”, relata Adva Adar, neta da octogenária.
A libertação de Yaffa Adar traz agora um novo desafio: “Começar de novo” porque o kibutz onde vivia “foi queimado e destruídos e ninguém vive lá”.
“Ela está agora a tentar perceber o que se passa aqui, com muitos amigos e vizinhos que estão mortos ou foram raptados do Kibutz, com o Tamir, o seu neto mais velho, que também foi feito refém, e com o facto de não ter casa para onde voltar”, prossegue a neta.
Segundo dados avançados pela BBC, dos 58 reféns libertados, 40 fazem parte do acordo entre o Hamas e o Governo de Israel. Os restantes 18 (17 tailandeses e um filipino) fazem parte de um acordo alcança entre o grupo islamista e o Egito.
Faltam ainda libertar pelo 10 reféns, uma vez que o acordo de cessar-fogo previa a libertação de 50 pessoas.