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Primeiro passo para o fim da guerra? Entenda a importância do cessar-fogo em Gaza

Apesar das desconfianças mútuas, Israel e o Hamas acordaram uma extensão da trégua por mais dois dias. Em teoria, este prolongamento permitirá a libertação de 10 reféns e 30 prisioneiros palestinianos por cada dia.

Gaza
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A noticia avançada pelo Qatar e confirmada pelo Hamas e pelos Estados Unidos surge poucas horas antes do fim da trégua de quatro dias. Está agora prevista a extensão por mais dois dias do acordo que permitiu para já a troca de 50 reféns israelitas e 19 estrangeiros por 150 palestinianos presos em cadeias israelitas.

Por cada dia adicional, mais 10 reféns poderão ser trocados por 30 prisioneiros palestinianos. Também cessam temporariamente os bombardeamentos, que duravam há mais de 50 dias e que já terão provocado a morte de quase 15.000 pessoas na Faixa de Gaza.

“Prolongar tréguas significa parar a matança”

Mas o que muitos esperam é que este seja um primeiro passo para começar a acabar com a guerra.

"Prolongar as tréguas significa parar a matança", disse o ministro dos negócios estrangeiros da Palestina, Riyad Al-Maliki.

Josep Borrell sai em defesa de Guterres

No encontro que reuniu em Barcelona 43 países da União pelo Mediterrâneo - menos Israel, que cancelou em protesto contra a intenção espanhola de reconhecer o estado palestiniano - foi defendido um caminho uma vez terminada a guerra: a solução dos dois estados e a hipótese de uma extensão da autoridade palestiniana a Gaza para evitar o vazios de poder.

Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia, defendeu também o secretario geral das Nações Unidas, pressionado pela opinião publica nacional e internacional.

Israel diz que Hamas ainda tem 184 reféns

Em Gaza, onde permanecerão ainda, segundo o governo israelita, 184 reféns nas mãos do Hamas, mais de duas milhões de pessoas, uma parte sem casa e a maioria deslocadas pela guerra, tentam sobreviver em condições infra humanas.

Se a trégua falhar, Israel já deixou a ameaça de começar a atacar com mais violência a parte sul do território de Gaza.