O exército israelita anunciou esta sexta-feira ter atingido mais de 450 alvos em Gaza, nas últimas 24 horas, e garantiu também ter atacado várias infraestruturas do Hezbollah, no Líbano. Ainda nas últimas horas, o grupo terrorista libanês lançou pelo menos dez ataques à fronteira com Israel, o que levou o primeiro-ministro israelita a lançar um aviso.
Benjamin Netanyahu afirmou que, caso os ataques continuem, Israel vai destruir Beirute e o sul do Líbano. Para José Milhazes, estas declarações são apenas mais um exemplo da política israelita de não respeitar “as opiniões da comunidade internacional”.
“Israel tem direito a defender-se, a atacar grupos terroristas, mas não tem direito a atuar da forma como está a atuar. Claro que para Israel é mais fácil exigir a demissão de António Guterres do cargo de secretário-geral da ONU do que dar ouvidos às Nações Unidas”, sublinhou o comentador da SIC.
No que diz respeito ao papel do Conselho de Segurança da ONU, este “não tem mostrado resultados” e “Israel vai continuar a fazer aquilo que tem feito até agora, na esperança utópica de, como dizem os dirigentes de Israel, acabar com o Hamas”.
“É possível esmagar, enfraquecer significativamente o Hamas do ponto de vista militar, do ponto de vista político já não acredito”, acrescentou José Milhazes.
Face a este cenário, o comentador da SIC alerta que é preciso manter atenção “ao perigo de que este conflito se alastre a Beirute, porque isso vai significar a entrada do Iraque e do Hezbollah”.