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“O meu amor…”: avó chora morte de neto recém-nascido em Gaza

Vários ataques no sul da Faixa de Gaza fizeram vários mortos e feridos. Em Rafah, uma avó lamenta a morte do neto, um bebé com pouco mais de um mês. É mais um relato do sofrimento provocado pela guerra.

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Na guerra entre Israel e o Hamas, prossegue a ofensiva na Faixa de Gaza. No norte, o exército israelita é acusado de ter invadido um hospital. No sul, vários ataques a Khan Younis e Rafah fizeram pelo menos 20 mortos e dezenas de feridos.

Em Khan Younis, no sul de Gaza, o bombardeamento atingiu uma zona residencial. Há quem ainda procure os familiares desaparecidos nos escombros.

“Estávamos em casa quando aconteceu, sem qualquer aviso”, conta a Tawfik Abu Breika, avó de um bebé que morreu num dos ataques. “O menino nasceu há pouco mais de um mês. O meu amor, o meu amor”, lamenta.

Em Rafah, junto à fronteira com o Egito, dezenas de milhares de pessoas procuram abrigo. Segundo as agências humanitárias, a ajuda que tem entrado é insuficiente.

A Assembleia-Geral das Nações Unidas prepara-se para votar uma nova resolução para um cessar-fogo humanitário imediato, que parece estar para já longe de ser possível.

No norte da Faixa de Gaza, o exército israelita garante que está a fechar o cerco aos bastiões do Hamas.

Já da Cisjordânia chegam também relatos de um ataque israelita em Jenin, durante a madrugada, que vitimou pelo menos quatro pessoas. O incidente vem aumentar os receios de que o conflito possa ultrapassar fronteiras geográficas e militares.

Israel é suspeito de ter usado munições de fósforo branco de origem norte-americana durante ataques no sul do Líbano.

Os EUA já se manifestaram apreensivos com a possibilidade, lembrando Israel que estas munições só podem ser usadas para iluminar o campo de batalha.

O fósforo branco provoca queimaduras profundas e graves, pode também corroer os ossos e o fumo é prejudicial para os olhos e vias respiratórias.