Com ou sem apoio internacional, Israel diz que vai manter a guerra contra o Hamas. A ofensiva maior mantém-se no sul da Faixa de Gaza, mas por todo o território, os palestinianos acusam as tropas invasoras de invadir escolas e hospitais e de matar civis.
No dia 69 da guerra na Faixa de Gaza, as ruínas do hospital Kamal Adwan, no norte do território de Gaza, foram palco da rendição de 70 homens.
Os serviços israelitas de segurança interna que acompanham esta ofensiva dizem que eram todos combatentes do Hamas, entrincheirados nas instalações hospitalares e envolvidos nos intensos combates dos últimos dias.
Com o apoio da artilharia colocada ao longo da fronteira, é sobretudo no sul de Gaza que está concentrada agora a ofensiva terrestre para desmantelar os túneis e as estruturas do Hamas.
Nas últimas 24 horas terão ficado feridos 11 soldados israelitas.
O ministro israelita da Defesa assegurou ao Conselheiro Nacional de Segurança norte-americano, Jake Sullivan, que esta será uma guerra de longa duração.
“O Hamas é uma organização terrorista criada ao longo de uma década para combater Israel. Construíram infraestruturas no solo e debaixo do solo, e não é fácil destruí-las. Será necessário um longo período de tempo. Vai durar mais do que vários meses, mas vamos vencer e vamos destruí-los”, afirmou o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant.
Bombardeamentos em solidariedade com o Hamas
Noutra frente do conflito, e em solidariedade com o Hamas, o movimento xiita libanês Hezbollah voltou a bombardear o norte de Israel.
Também no Mar Vermelho, os houtis do Iémen mantêm os ataques a todos os navios que possam ter ligações a Israel, agravando a instabilidade numa das principais rotas mundiais de navegação.
Um míssil disparado pelos rebeldes financiados pelo Irão terá falhado, esta quinta-feira, o alvo: um porta-contentores que atravessava o estreito de Bab el-Mandeb entre a península arábica e o Corno de África.