O Kremlin defende que a decisão do Conselho Europeu, de abrir o processo de adesão da Ucrânia e da Moldáva, tem como objetivo apenas impacientar a Rússia, alegando que os dois países não cumprem os critérios para estar na União Europeia (UE).
“A UE sempre teve critérios bastante rigoroso para a adesão. De momento, é óbvio que nem a Ucrânia nem a Moldávia cumprem esses critérios. É claro que, uma vez que a UE e nós vivemos no mesmo continente europeu, esta situação não é desprovida de interesse para nós e estamos a acompanhá-la de perto”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Volodymyr Zelensky assegura que a Ucrânia cumpriu todas as recomendações da Comissão Europeia.
“Dissipámos as dúvida e a este passo seguir-se-ão outros. Trata-se de uma tarefa gigantesca: integrar o Estado, todas as instituições, todas as normas, tudo isto na União Europeia. Mas nós fá-lo-emos. A Ucrânia tem provado repetidamente aquilo de que é capaz", defende o presidente ucraniano.
O processo de adesão foi aprovado, mas o apoio financeiro a Kiev não. Cerca de 50 mil milhões de euros, que o primeiro-ministro húngaro mais do que a adesão da Ucrânia ao bloco, que promete boicotar mais tarde, considera uma afronta.
“Quiseram imediatamente dar 50 mil milhões de euros aos ucranianos. No fundo, queriam dar o dinheiro dos húngaros, o dinheiro dos Estados-membros incluindo o dinheiro da Hungria, à Ucrânia. E foi nessa altura que eu disse 'Esperem lá, isto é uma infração concreta, tenho de vetar isto", disse o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán.
Ainda que rejeite qualquer relação com a posição de Budapeste sobre a Ucrânia, a Comissão Europeia desbloqueou uma parte dos fundos de coesão para a Hungria, que tinham sido suspensos por desrespeito do Estado de direito.