Nas ultimas horas, o Hamas divulgou um vídeo de três israelitas sequestrados a 7 de outubro e disse que ainda esta segunda-feira será anunciado o destino dessas pessoas, que estão em cativeiro há mais de 100 dias.
Yossi Sharabi, que tem passaporte português, foi raptado do kibutz onde vivia no dia do ataque do Hamas e é um dos três reféns que, no vídeo partilhado pelo grupo terrorista, pedem ao governo israelita que os leve de volta para casa.
Os três reféns deixam também um apelo a Israel para pôr fim à ofensiva em Gaza, horas depois de Netanyahu ter garantido que a guerra vai prolongar-se por vários meses e que para isso será necessário aumentar as despesas com a defesa.
O primeiro-ministro israelita tem defendido que a pressão militar permitirá libertar mais reféns, mas o discurso não convence, sobretudo, numa altura em que parece mais difícil a concretização de um novo acordo. Sem diplomacia, prossegue a ofensiva que Israel diz ter permitido eliminar mais de 9.000 militantes do Hamas.
Para estas contas não contam as baixas civis, que as autoridades de Gaza estimam que sejam superiores a 30.000. Dizem que haverá pelo menos 7.000 pessoas desaparecidas, ainda soterradas nos escombros dos edifícios destruídos.
100 dias de guerra
O marco foi assinalado por todo o mundo, com protestos e manifestações contra a guerra e a favor da libertação dos reféns.
Na Turquia, um futebolista israelita mostrou uma inscrição numa das proteções do pulso em referência aos 100 dias do ataque do Hamas a Israel, um gesto de apoio ao país natal que levou à detenção do jogador por incitamento ao ódio e pelo que o ministério da Justiça turco considerou ser uma celebração odiosa do massacre cometido por Israel em Gaza.
Israel, que entretanto anunciou a libertação do jogador, pede em resposta um boicote à Turquia que acusou de servir como braço executivo do Hamas