Mundo

Israel confirma morte de refém com nacionalidade portuguesa

A Embaixada de Israel em Portugal indicou à Lusa que Sharabi tem nacionalidade portuguesa e que a sua mulher, Nari, esteve em Lisboa no mês passado a pedir ajuda ao Governo para exercer esforços no sentido da sua libertação.

Israel confirma morte de refém com nacionalidade portuguesa
Armando Franca/AP

As autoridades israelitas confirmaram esta terça-feira a morte do refém do movimento islamita Hamas com nacionalidade portuguesa, de acordo com o embaixador de Israel em Portugal, Dor Shapira.

"O nosso coração está destroçado. Esta noite foi anunciado oficialmente pelas autoridades israelitas que Yossi Sharabi foi assassinado enquanto estava em cativeiro", escreveu o diplomata na rede social X (antigo Twitter).

"Yossi, que também tinha nacionalidade portuguesa, foi raptado em Gaza no dia 7 de outubro, quando ainda estava vivo, e foi assassinado durante o cativeiro por terroristas do Hamas", acrescentou.

Dor Shapira salienta ainda que teve "o privilégio de conhecer o caráter de Yossi", de 53 anos, através da sua mulher que visitou Portugal no mês passado, considerando-o "um homem cheio de bom coração".

O Hamas já havia declarado na segunda-feira a morte de Yossi Sharabi, que surgia num vídeo propagandístico divulgado no domingo pelo movimento islamita na rede Telegram, pedindo ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a cessação da guerra na Faixa de Gaza.

A Embaixada de Israel em Portugal indicou à Lusa que Sharabi tem nacionalidade portuguesa e que a sua mulher, Nari, esteve em Lisboa no mês passado a pedir ajuda ao Governo para exercer esforços no sentido da sua libertação.

Assinalando os cem dias de guerra, as famílias dos mais de cem reféns em posse do Hamas convocaram uma manifestação massiva no domingo em Telavive durante 24 horas para exigir que o Governo israelita faça todos os possíveis e negocie o que for necessário para trazê-los de volta, enquanto Netanyahu está empenhado na manutenção da pressão militar sobre o grupo islamita como única alternativa.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou a morte do refém do movimento islamita Hamas com nacionalidade portuguesa, após ter sido confirmada pelas autoridades israelitas.

A confirmação do óbito de Yossi Sharabi, de 53 anos, foi adiantada pelo embaixador de Israel em Portugal, Dor Shapira.

"Confirmado que um refém com a nacionalidade portuguesa retido em Gaza terá sido vítima da situação militar naquele território, o Presidente da República apresenta as suas condolências aos familiares e amigos e lamenta as circunstâncias que determinaram a sua morte", lê-se numa mensagem de pesar publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet

Com Lusa