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Violentos ataques da Rússia (com mísseis e drones) na Ucrânia

A Rússia está a intensificar os ataques à regiao de Kharkiv e, na linha da frente, o desempenho das tropas de Kiev ja reflete a hesitação do Ocidente.

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Foi mais uma noite de violentos ataques russos na Ucrânia. Cerca de 20 pessoas ficaram feridas em ataques às cidades de Kharkiv, Kherson e Odessa.

O alerta de ataque aéreo soou durante várias horas. O comando militar da Ucrânia garante ter abatido 19 dos 20 drones, que diz terem sido lançado sobre cidades como Odessa, mas não evitou que a queda de destroços provocasse feridos e danos materiais.

No norte do país, também Kharkiv voltou na terça-feira à noite a ser atingida por mísseis russos S-300.

A Rússia está a intensificar os ataques à região de Kharkiv e, na linha da frente, o desempenho das tropas de Kiev ja reflete a hesitação do Ocidente. O chefe de Estado da Ucrânia sabe disso e voltou na terça-feira a dizê-lo em Davos, na Suíça, na cimeira que reúne os mais ricos e poderosos do mundo.

Kiev depende cada vez mais de aliados, como a União Europeia, que espera desbloquear em breve um pacote de 50 mil milhões de euros. Para isso, será determinante a luz verde da Hungria que, em dezembro, usou o poder de veto para travar a assistência financeira a Kiev.

Nas últimas horas, Budapeste admitiu estar disponível para chegar a um acordo. A mudança de posição acontece depois de Bruxelas ter desbloqueado parte dos fundos de coesão que estavam bloqueados por violações do Estado de direito.

Enquanto o Ocidente procurar aplicar divisões internas, Moscovo e aliados ameaçam erguer uma nova cortina de ferro.

Esta quarta-feira, a Bielorrússia anunciou que vai apresentar uma nova doutrina militar que prevê a utilização de armas nucleares. A decisão surge depois de o país ter recebido da aliada Rússia um número indeterminado de armas nucleares táticas.