O ministro dos Negócios Estrangeiros português fez esta segunda-feira duras críticas ao seu homólogo israelita. Numa reunião, em Bruxelas, com representantes de ambos os lados do conflito israelo-palestiniano, a solução de dois Estados continuou a ser bloqueada pelo Governo de Benjamin Netanyahu.
O conflito na Faixa de Gaza foi o assunto central no primeiro conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros do ano.
Viajaram até Bruxelas representantes de Israel, Autoridade Palestiniana, Egito, Jordânia, Arábia Saudita e Liga Árabe. Reuniram-se em separado numa discussão que voltou a expor as divergências.
Vários países incluindo Bélgica, Irlanda e Portugal voltam também a pedir um cessar-fogo, mas essa continua a não ser a posição dos 27. Alemanha, Áustria e Hungria recusam ir tão longe para não contrariar o direito de Israel à autodefesa.
Os ministros europeus querem relançar o processo de paz no Médio Oriente e insistem que a solução passa por dois Estados, incluindo um palestiniano, mas o Governo de Netanyahu rejeita esse caminho e a postura do ministro israelita gerou frustração em Bruxelas.
Do lado europeu, aponta-se o dedo à situação humanitária em Gaza. A União Europeia prepara-se para lançar uma missão para defender navios no Mar Vermelho e Portugal vai participar.