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Borrell visita edifício residencial em Kiev atacado com mísseis russos

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, concluiu a viagem de dois dias à Ucrânia com uma visita ao edifício residencial atingido hoje por mísseis russos na capital.

Chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell
Chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell
VALENTYN OGIRENKO

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, concluiu a viagem de dois dias à Ucrânia com uma visita ao edifício residencial atingido esta quarta-feira por mísseis russos na capital.

"Presto homenagem aos civis inocentes que foram assassinados em Kiev e em outros lugares da Ucrânia durante este último ataque indiscriminado da Rússia", frisou Borrell numa publicação na rede social X.

O alto representante da UE para a Política Externa e de Segurança divulgou ainda fotos da sua visita ao prédio, bem como a um abrigo, juntamente com o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitchko.

O autarca informou que este ataque, o terceiro contra a capital ucraniana este ano, provocou um incêndio num edifício de apartamentos de 18 andares e danos em duas linhas de alta tensão, além de quatro mortos e 32 feridos.

Numa conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, o diplomata espanhol contou que teve de se refugiar "como muitos milhares de ucranianos" numa das caves do seu hotel, juntamente com o resto da delegação da UE durante o alerta antiaéreo.

A Rússia lançou esta quarta-feira um total de 44 mísseis e 20 drones contra todo o território ucraniano, tendo a capital como principal alvo. As defesas aéreas ucranianas conseguiram abater mais de quarenta destes projéteis.

Borrell iniciou esta terça-feira uma visita de dois dias à Ucrânia para reafirmar o apoio político e militar da UE ao país.

O chefe da diplomacia europeia garantiu também esta quarta-feira que a Ucrânia permanece "uma prioridade absoluta" para a UE e defendeu que "a guerra deve ser vencida e a paz deve ser conquistada".

Popularidade de Zelensky em queda

Quase dois anos após o início da invasão russa, a linha da frente está num impasse e a popularidade de Zelensky encontra-se em queda.

Borrell apelou à união dos seus interlocutores, porque é "a chave para a vitória", e transmitiu uma "forte mensagem de solidariedade" e "apoio em termos financeiros e militares, munições e armas".

"Estamos e estaremos empenhados em apoiar a Ucrânia, não pelo tempo que for necessário, mas custe o que custar. Não como uma medida de tempo, mas como uma medida de quantidade, qualidade e rapidez", afirmou.

O Presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky destacou esta quarta-feira que o fornecimento de um milhão de munições por parte da União Europeia à Ucrânia deve ser "plenamente concretizado" para "garantir a segurança comum".

Após um encontro com Dmytro Kuleba, Borrell tinha concordado também sobre a necessidade de "criar as condições para acelerar a entrega de munições e mísseis", um processo que, disse, está a "acelerar".

No ano passado, os 27 comprometeram-se a fornecer um milhão de munições até ao final de março, mas os atrasos têm vindo a acumular-se.