A Organização Mundial da Saúde diz que o Hospital Al-Shifa, o maior em Gaza, está totalmente destruído. A conclusão é da equipa da emergência que conseguiu entrar no hospital.
"Tal como a maioria do norte de Gaza, Al-Shifa, que era o mais importante hospital de Gaza, é agora uma concha vazia, sem pacientes e com a maioria dos edifícios substancialmente danificados ou destruídos", revelou a OMS em comunicado.
O local foi alvo de operações militares das forças israelitas durante duas semanas.
A equipa da OMS descreve ter visto vários cadáveres, alguns em decomposição, e numerosas sepulturas escavadas em várias partes do hospital.
"É impraticável retomar pelo menos os serviços mínimos do hospital a curto prazo; isso requereria enormes esforços para encontrar e neutralizar engenhos explosivos e garantir a segurança no local."
Este hospital, o maior da Faixa de Gaza, era das poucas unidades de saúde que estavam operacionais, antes de ser atacada.
Em março, foi alvo de uma ofensiva e cerco militar por parte das forças israelitas. Duas semanas depois, após a retirada, o local foi encontrado completamente destruído.
As autoridades da Faixa de Gaza denunciaram "um massacre sangrento", depois de o exército israelita ter declarado a morte de dezenas "de terroristas", que Gaza alegou serem civis palestinianos.
Segundo a equipa da OMS, que cita fontes médicas do hospital, os pacientes foram mantidos "em condições terríveis" durante a ofensiva. Pelo menos 20 pacientes não terão resistido à "cruel falta de comida, água, saúde e higiene".