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Correspondente SIC

Guerra em Gaza: meio ano depois, ainda estamos longe do fim?

O massacre do Hamas no sul de Israel aconteceu há seis meses. Assim começou uma guerra em Gaza com um número sem precedentes de mortos dos dois lados. Mas, meio ano depois, ainda estaremos longe do fim?

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O correspondente da SIC no Médio Oriente, Henrique Cymerman, explica que há duas situações tensas que podem levar a uma escalada do conflito: uma retaliação do Irão ao ataque em Damasco e um eventual ataque de Israel em Rafah.

Israel em alerta devido a ameaça do Irão

Israel está em alerta máximo face à ameaça de uma eventual retaliação do Irão ao ataque contra o consulado iraniano em Damasco. Isto porque, explica Henrique Cymerman, neste ataque, Israel matou um dos generais mais importantes das guardas revolucionárias de Damasco.

“[O general] coordenava todas as milícias anti-israelitas no Médio Oriente, incluindo o Hezbollah, o Hamas e a Jihad Islâmica. E, nos últimos dias, o Irão já informou que vai reagir, mas ainda não se sabe como”.

A situação, tensa, deixou Israel em alerta. O exército suspendeu as férias de todos os elementos e foi aumentado o número de efetivos e reservistas na Força Aérea.

Fontes norte-americanas admitem que o ataque é inevitável, e tanto Washington, como Telavive estão a esforçar-se para antecipar um possível atentado.

Israel prepara-se para atacar Rafah?

Outro foco de tensão parece ser Rafah, a cidade palestiniana que faz fronteira com o Egito e por onde tem entrado ajuda humanitária para Gaza. É lá que, segundo o correspondente da SIC, Israel poderá levar a cabo um ataque.

“Israel está a estudar a possibilidade de atacar esta zona onde estão provavelmente grande parte dos reféns”.

É por lá, também, que passa a ajuda humanitária que chega à Faixa de Gaza e para onde fugiram centenas de palestinianos.

Este domingo, 7 de abril, assinalam-se seis meses do ataque do Hamas, a 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades de Telavive.