Há pelo menos uma semana que o arquipélago da Nova Caledónia, território francês, na região do Pacífico vive um período de grande tensão e violência.
Esta segunda-feira, o ministro da Administração Interna francês homenageou os dois guardas que morreram vítimas dos violentos motins que têm aterrorizado o arquipélago. Pelo menos quatro civis morreram e outras centenas ficaram feridos. O rasto de destruição alarga-se a cada dia que passa e 400 estabelecimentos comerciais já foram destruídos ou pilhados.
Os supermercados estão a ser obrigados a tomar medidas para racionar produtos devido à escassez de bens essenciais. Vários turistas estão a ser retirados do arquipélago através de voos de repatriamento lançados pela Austrália e Nova Zelândia.
Quanto ao aeroporto internacional do arquipélago francês permanece fechado e protegido por militares que foram mobilizados também para vigiar os portos e instituições públicas depois do estado de emergência ter sido declarado.
Na próxima quinta-feira de manhã é esperada a chegada do Presidente francês, Emmanuel Macron para restabelecer o diálogo com os independentistas que contestam uma reforma constitucional, defendida por Macron, no sentido de alargar o direito de voto no arquipélago a um número maior de franceses, que estejam a viver recentemente na Nova Caledónia .
Segundo os opositores esta medida tornará impossível conseguir adquirir a independência do território num futuro referendo. Defendem que o povo Kanak, que já vivia no arquipélago quando este foi conquistado pela França, passará a representar uma minoria nos cadernos eleitorais.