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Motins na Nova Caledónia: Austrália e Nova Zelândia já estão a retirar cidadãos

Está cada vez mais grave a situação na Nova Caledónia. Uma onda de motins tem este território francês do Pacífico, contra uma decisão de Paris sobre povos indígenas. Os conflitos já mataram 6 pessoas e feriram outras dezenas.

Noumea, Nova Caledónia
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O aeroporto da capital, Nouméa, continua fechado a todos os voos comerciais estão suspensos desde o dia 14 de maio. Milhares de turistas ficaram retidos na Nova Caledónia, desde que começou a revolta no arquipélago e, esta terça feira, começam a chegar os aviões enviados pelos governos da Austrália e Nova Zelândia, que vão retirar os próprios cidadãos.

A violência da última semana já matou seis pessoas e feriu outras dezenas no território francês do Pacífico.

França declarou estado de emergência

O governo de Emmanuel Macron voltou a reunir, pela terceira vez em poucos dias, o conselho de Defesa e Segurança Nacional de França para avaliar a situação nas ilhas, que ficam a mais de 16 mil quilómetros de distância de Paris.

O estado de emergência e o recolher obrigatório continuam em vigor. O Executivo tem cerca de 2 mil militares e polícias a patrulharem as ruas, sobretudo na capital, onde há muitas estradas bloqueadas e onde já faltam alguns produtos essenciais, porque as lojas e supermercados estão fechados.

O que está em causa?

Há décadas que a Nova Caledónia vive em tensão entre os descendentes dos colonizadores franceses e os povos indígenas, principalmente os Kanak, que são mais de 40% da população do arquipélago.

Mas a situação estava sob controlo, até à semana passada, quando os locais se revoltaram contra uma mudança na lei eleitoral, definida em Paris e que, alegam, vai tirar ainda mais relevância aos Kanak e beneficiar os pró-franceses.