Os Estados Unidos mantêm a pressão sobre o Hamas. O diretor da CIA viaja para o Médio Oriente para tentar o cessar-fogo em Gaza. O Hamas anunciou já que só aceita tréguas permanentes. Por causa do plano, o ministro mais radical do Governo de Israel ameaçou demitir-se.
Dezenas de judeus ortodoxos cruzaram ao princípio da manhã a Porta de Damasco. Iniciaram a marcha anual do Dia de Jerusalém. Desde 1967 e da Guerra dos Seis Dias, a data celebra a ocupação por Israel da parte oriental da cidade três vezes santa.
Com a ofensiva em Gaza, o ambiente foi ainda mais tenso este ano. A polícia interveio para evitar confrontos entre residentes muçulmanos e manifestantes judeus. Foram presas dezenas de pessoas.
Em reunião do gabinete de guerra, o primeiro-ministro israelita apelou à unidade nacional.
No norte do país e em visita ao local atacado esta semana pelo Hezbollah, Netanyahu prometeu uma resposta militar forte contra o movimento xiita libanês.
A nível interno, o chefe do Governo enfrenta a contestação ao plano de cessar-fogo em Gaza.
O ministro ultraortodoxo Ben Gvir ameaçou demitir-se e abandonar a coligação. Exige uma resposta clara de Netanyahu à proposta que troca seis semanas de tréguas pela libertação dos reféns.
Já o Hamas considerou o plano uma farsa dos Estados Unidos e quer uma garantia de cessar-fogo permanente.
Na Faixa de Gaza, o comunicado do Exército israelita anunciou oficialmente operações urbanas no campo de refugiados de al-Bureij e em Deir al Balah.
No centro do território, confirma que foram atacados esta quarta-feira alvos à superfície. Foram também destruídos túneis no subsolo.
Já o ministério da Saúde de Gaza fala em dezenas de vítimas civis em bombardeamentos que atingiram zonas residenciais.
A sul, as tropas mantêm a pressão sobre Rafah. Junto à fronteira do Egito, a cidade alberga em condições cada vez mais precárias mais de um milhão de deslocados. Terá ainda os últimas unidades operacionais de combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica.