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Alemanha garante a Zelensky que não haverá “paz ditada” por Putin

A garantia foi deixada ao presidente ucraniano pelo chanceler Olaf Scholz, durante a cimeira para a reconstrução da Ucrânia, que decorre em Berlim.

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É uma semana de reuniões importantes para a Ucrânia: a cimeira do G7, em Itália; a cimeira para paz, na Suíça, e a cimeira para a reconstrução, na Alemanha. Zelensky pediu mais defesa antiaérea para proteger as cidades e as infraestruturas energéticas do país e recebeu do chanceler alemão a garantia de que a paz não será ditada por Putin.

Esta terça-feira, houve mais uma paragem - e relevante - no périplo de Zelensky em busca de apoios para a Ucrânia. Começou por ser recebido pelo presidente alemão, que tratou o homólogo ucraniano por "meu amigo".

Seguiu depois para a Conferência Internacional sobre a Reconstrução da Ucrânia. Olaf Scholz garantiu que não haverá "nenhuma vitória militar, nenhuma paz ditada" por Putin na guerra contra a Ucrânia e deixou um apelo.

“Apoiem a nossa iniciativa de reforçar a defesa aérea da Ucrânia com tudo o que for possível”, pediu aos países representados na sala.

Volodymyr Zelensky não disfarçou ao que ia: “Esta conferência vai permitir-nos chegar a acordos no valor de milhares de milhões de euros para a nossa defesa, para a produção de equipamento militar e armas na Ucrânia, para o nosso setor energético, para a reparação e desenvolvimento de energia nova e mais moderna, e para nossa vida social”.

E a União Europeia não defraudou as expectativas do presidente ucraniano. “Cerca de 1,5 mil milhões de euros dos lucros excecionais ficarão disponíveis em julho – 90% destes fundos irão para a defesa, 10% para a reconstrução”, garantiu Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia

“E, no final desta semana, na cimeira do G7, continuaremos a discutir a forma como a Ucrânia poderá beneficiar ainda mais e mais rapidamente das receitas dos ativos russos imobilizados”, acrescentou.

A Conferência Internacional sobre a Reconstrução da Ucrânia vai, ao longo de dois dias, reunir, em Berlim, mais de dois mil participantes - entre eles, uma dezena de primeiros-ministros, para mobilizar apoio internacional para a reconstrução e modernização do país.