Mundo

Situação degrada-se em Gaza: há filas diárias intermináveis para recolher água

A nível humanitário, a situação continua a degradar-se no território. Em Khan Younis, no centro de Gaza, há filas diárias intermináveis para recolher água. Do lado palestiniano, o dia ficou oficialmente marcado pela libertação de 54 prisioneiros de guerra.

Loading...

Na Faixa de Gaza, a Jihad Islâmica lançou esta segunda-feira 20 foguetes contra o sul de Israel. O ataque não fez vítimas. Coincidiu com o reforço das operações militares israelitas no território palestiniano.

Há cinco dias que Shejaia, nos arredores da cidade de Gaza, é palco de intensos combates urbanos.

As tropas israelitas garantem que respondem à guerrilha do Hamas. Tal como no sul, em Rafah, reivindicaram a eliminação de militantes do movimento.

Anunciaram a apreensão de grandes quantidades de armamento e a destruição de um túnel com 1 quilómetro de comprimento. Confirmaram também a morte de, pelo menos, um soldado numa casa armadilhada com explosivos.

Do lado palestiniano, o dia ficou oficialmente marcado pela libertação de 54 prisioneiros de guerra.

O detido mais importante era o diretor do hospital de Al Shifa. Estava preso há sete meses, acusado de permitir que o maior hospital da Faixa de Gaza fosse um reduto do Hamas. O responsável médico negou já as acusações e acusou os israelitas de maus tratos na prisão.

Voluntários trabalham agora para recuperar o complexo hospitalar de Al Shifa. Ficou praticamente destruído pelos bombardeamentos e tiroteios.

A nível humanitário, a situação continua a degradar-se no território. Em Khan Younis, no centro de Gaza, há filas diárias intermináveis para recolher água.

Já na Cisjordânia, uma mulher e um filho morreram esta segunda-feira, em operações designadas como antiterroristas pelas forças israelitas.

Com três frentes de conflito, em Gaza, na Cisjordânia e no sul do Líbano, o ministro da Defesa pediu no Parlamento 10 mil soldados suplementares já esta semana. Metade dos convocados serão mancebos ultraortodoxos.

Desde a semana passada, o Supremo Tribunal obriga-os a cumprir o serviço militar como qualquer outro cidadão judeu israelita.

Em Jerusalém, manifestantes ultraortodoxos voltaram a contestar a decisão. Envolveram-se em confrontos com a polícia.

Desde a fundação do Estado judaico, em 1948, que os estudantes dos yeshivas, dos seminários religiosos, estavam isentos de ir à tropa.