As autoridades ainda procuram esclarecer os motivos que levaram Thomas Crook, de 20 anos, a tentar matar o ex-presidente e candidato republicano. O jovem, que acabou por ser abatido, não tinha antecedentes criminais, era introvertido e vítima de bulling na escola.
Foi há dois anos que o bom aluno Thomas Crooks, de 20 anos, recebia um louvor pelo que alcançou nas disciplinas de Matemática e Ciências. Um video recente mostra-o a escutar um professor na sala de aula do liceu. O que o levou a tentar tirar a vida de Donald Trump é por agora um mistério.
Thomas Crooks era um militante republicano registado, embora já tivesse contribuído simbolicamente com o equivalente a menos de 15 euros para uma plataforma democrata.
Em Bethel Park, o bairro onde vivia a 64 quilómetros do local do atentado, alguns colegas lembram-se de um rapaz calmo, auxiliar de enfermagem, sem historial de violência, mas tendo vivido em sofrimento.
"Sofria bastante com bullying (...) Gozavam com ele, acho eu, pela forma como se vestia ou pela aparência. Diziam que vestia calças de ganga, às vezes usava fatos de caça. Usava sempre uma máscara, mesmo depois da covid", conta um colega de escola.
Ao mesmo tempo que as autoridades norte-americanas tentam encontrar as razões para o ataque a Trump, procuram perceber a gigantesca falha de segurança em redor do antigo presidente do país.
Nas imagens, é possível ver que os snipers que protegem Trump só respondem depois do ataque, ainda para mais depois de várias pessoas terem alertado para a presença de um homem com uma arma antes mesmo de ter disparado.
Os serviços norte-americanos que estão a ser fortemente criticados pelos erros na proteção a Donald Trump têm agora a difícil tarefa de tornar Milwaukee, Wisconsin, onde vai decorrer a Convenção Nacional Republicana a cidade mais segura ao longo dos próximos dias.
Apesar das falhas, na Pensilvânia, não se antecipa um reforço na segurança.
Alguns das mais radicais vozes republicanas colocaram de imediato a correr nas redes sociais a ideia de que a falha dos serviços secretos é da responsabilidade do governo norte-americano.
Joe Biden já prometeu uma auditoria independente aos erros na Pensilvânia.