Joe Biden desistiu da corrida à presidência dos Estados Unidos da América e disse que apoiava Kamala Harris. A atual vice-presidente aceitou o desafio, mas agora tem de ganhar a maioria na convenção democrata, que arranca a 19 de agosto.
Até lá pode aparecer mais algum candidato, se bem que o partido já anunciou que pretende ratificar virtualmente um nome antes da convenção.
No dia 7 de agosto começa a nomeação, através de um processo designado como "chamada nominal": os delegados de cada estado declaram qual o candidato que apoiam.
São cerca de 4000 delegados – sendo que 3.896 tinham afirmado, nas primárias, que estavam ao lado de Biden – mas os votos dos delegados não são transferíveis, por isso, a escolha recomeça.
Com a desistência de Biden, os delegados democratas estão livres do compromisso e podem nomear outro candidato.
No jogo do avança e recua, há nomes que podiam ser lançados como candidatos, mas até esses já vieram dizer que estão fora.
Os potenciais rivais… que já estão fora
Falamos de Gavin Newsom, governador da Califórnia - sobre ele correu o rumor de que estaria a fazer uma campanha na sombra para chegar à Casa Branca, mas acabou por vir a público apoiar Kamala.
O mesmo se passou com Gretchen Whitmer, governadora do Michigan e atual vice-presidente do comité político do Partido Democrata (que se afirma progressista num dos estados norte-americanos onde há mais milícias de extrema-direita ativas). Já disse que apoia Kamala Harris.
E também Josh Shapiro, o governador da Pensilvânia, que afirmou igualmente, de forma pública, o apoio a Kamala Harris.
De quem ainda não se ouviu opinião foi de Bernie Sanders e quem ainda é tema de conversa quanto a uma possível candidatura - embora a própria tenha sempre dito que não quer o trabalho de Presidente dos Estados Unidos - é Michelle Obama.
Desde L.B. Johnson que não acontecia
Seguem-se horas e dias agitados do outro lado do Atlântico. A última vez que um presidente norte-americano em exercício abandonou a campanha para a reeleição foi Lyndon Baines Johnson, em 1968.
O 36.º presidente dos EUA assumira o cargo na sequência do assassinato de John F. Kennedy, em 1963. Ganhara mandato próprio nas eleições de 1964, mas, quatro anos depois, desistia da reeleição. A presidência do país iria para as mãos do republicano Richard Nixon.