A fogueira arde há meses, mas a maior acha foi lançada no ultimo fim de semana. O disparo de um rocket tirou a vida a 12 crianças e adolescentes na zona ocupada dos Montes Golã. O Governo de Israel atribuiu o ataque ao grupo libanês Hezbollah, aliado do Hamas, e prometeu vingança.
O Hezbollah nega qualquer responsabilidade pelo ataque, mas Israel está desde sábado a bombardear posições no Líbano que diz pertencerem ao grupo apoiado pelo Irão. O país liderado por Benjamin Netanyahu estará ainda a preparar uma ofensiva em larga escala que o Ocidente está a tentar evitar.
O apelo de Itália é repetido pelos Estados Unidos. Washington defende que Israel tem direito a retaliar, mas lembra que ninguém quer mais uma guerra na região. Ainda assim, EUA, França e Alemanha estão entre os países que já recomendaram a saída imediata do Líbano dos cidadãos nacionais. São também cada vez mais as companhias aéreas que estão a suspender as viagens para a capital Beirut.
Montes Golã está de luto, mas não quer resposta
A opinião é partilhada na região que Israel controla nos Montes Golã. A comunidade que viu no sábado morrer 12 filhos da terra está de luto, mas não quer respostas, vinganças ou retaliações.
O Irão, que apoia o Hezbollah, já ameaçou Israel com severas consequências em caso de ataque ao Líbano. O país teme uma reedição do que aconteceu há 42 anos, quando as tropas de Telavive lançaram uma invasão terrestre que alcançou a capital Beirut.