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Acusados de crimes de terrorismo e espionagem, 13 jornalistas são detidos pelo governo de Maduro

Os jornalistas são acusados dos crimes de terrorismo, espionagem e conspiração, depois de terem publicado nas redes sociais fotografias de protestos contra Nicolás Maduro.

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Na Venezuela, as manifestações contra a reeleição de Nicolás Maduro terão feito pelo menos 24 mortos, na Venezuela, segundo dados de uma organização não-governamental dedicada aos direitos humanos. Segundo o governo venezuelano, mais de 2 200 pessoas foram detidas no país desde o início dos protestos, incluindo 13 jornalistas.

Edni López é professora na Universidade Central da Venezuela e é ativista dos Direitos Humanos. De acordo com a mãe, Edni López está desaparecida desde domingo.

A última vez que foi vista estava no aeroporto de Caracas. A mãe garante que foi presa. A Amnistia internacional exige que as autoridades venezuelanas a libertem imediatamente.

Esta terça-feira chegaram os números oficiais de detidos desde as eleições a 28 de julho.

Maduro diz que as detenções "são necessárias"

Nicolás Maduro garante que estas detenções são necessárias para manter a ordem e a segurança nacional.

Entre os detidos da última semana e meia estão pelo menos 13 jornalistas, de acordo com o Sindicato de Trabalhadores da Imprensa e a organização não governamental Programa Venezuelano de Educação e Ação em Direitos Humanos.

Os dois organismos dizem que os jornalistas são acusados dos crimes de terrorismo, espionagem e conspiração, depois de terem publicado nas redes sociais fotografias de protestos contra Nicolás Maduro.

Alguns dos jovens detidos, Maduro acusa-os de terem sido treinados no Chile e no Peru para fazer distúrbios na Venezuela.

Chile não tem dúvidas que Maduro tento cometer fraude

Esta quarta-feira, o presidente chileno afirmou não ter dúvidas de que o governo de Maduro "tentou cometer fraude" durante as eleições de julho e é por isso que está relutante em mostrar os registos eleitorais.

Para esta quinta-feira, a oposição mais visível na Venezuela marcou uma vigília precisamente para exigir a liberdade daqueles que María Corina Machado e Edmundo González chamam de "presos políticos" bem como uma vigília pelos detidos depois das eleições. Será ao final da tarde, em Caracas.

Entretanto, a auditoria ao processo eleitoral continua a correr no Supremo Tribunal de Justiça, a pedido de Nicolas Maduro. Os 10 candidatos presidenciais têm sido chamados à sede do Supremo.

Edmundo González recusou pela segunda vez comparecer e acusou o Supremo de usurpar as funções do Conselho Nacional Eleitoral. O candidato garantiu ainda que tem a liberdade em risco.