Já tinham pouco e agora perderam tudo. A maior parte dos mais de 5 milhões de pessoas afetadas pelas cheias no Bangladesh vivia em pequenas barracas, construídas com paus e lama, que foram levadas pela enxurrada.
Os que tinham casas mais resistentes viram a água subir, em pouco minutos, e inundar os andares mais baixos.
Há dezenas de localidades isoladas. Os rios transbordaram as margens e bloquearam as estradas de acesso.
Também não há comunicações, o que está a impedir as autoridades de fazerem uma melhor avaliação dos danos e do número de vítimas.
Há 20 mortos confirmados. Mas as organizações não-governamentais que operam no Bangladesh dizem que devem ser muitos mais.
As cheias estão a contaminar a água e há o perigo de disseminação de doenças.
O chefe do governo interino já prometeu enviar ajuda para as zonas mais atingidas. Mas o país tem falta de meios e vai seguramente precisar de ajuda internacional. Em muitas aldeias não há comida, nem água potável, nem medicamentos.
Alguns habitantes das regiões montanhosas dizem que as inundações estão a ser piores porque as barragens fizeram descargas de emergência e não avisaram a população.
Os serviços meteorológicos de Daca emitiram alertas para os próximos dias. Esta é a época das monções e as chuvas torrenciais vão continuar durante toda a semana.