O líder da oposição venezuelana, Edmundo González, fugiu para Espanha. Depois de dias refugiado na embaixada espanhola em Caracas e de negociações entre Madrid e o Governo de Nicolás Maduro, González obteve autorização para se exilar na capital espanhola.
A pressão e as ameaças acabaram por vergar Edmundo González e obrigá-lo a abandonar a Venezuela. O líder da oposição, que alega ter sido o verdadeiro vencedor das últimas eleições presidenciais, estava refugiado na embaixada espanhola em Caracas há vários dias.
Longas e difíceis negociações entre os Governos espanhol e venezuelano acabaram por garantir um salvo conduto para que González pudesse deixar a embaixada e chegar ao aeroporto sem ser detido. Viajou para Madrid num avião da Força Aérea espanhola.
O primeiro-ministro, Pedro Sánchez já disse que, para o executivo que lidera, Edmundo González é um herói e que Espanha não o vai abandonar.
Esta semana, a justiça da Venezuela emitiu um mandado de captura contra Edmundo González, acusando-o de usurpação de funções, falsificação de documentos e conspiração, entre muitos outros crimes.
Depois das eleições do passado dia 28 de julho, a oposição venezuelana reclamou vitória e garantiu que González foi o vencedor com mais de 83% dos votos.
Mas, apesar de toda a pressão internacional e das queixas de que houve fraude eleitoral, Nicolás Maduro recusa-se a aceitar essa ideia, e garante que não vai abandonar o poder.