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CORRESPONDENTE SIC

Reino Unido rejeita acusações da Rússia sobre diplomatas britânicos

O Kremlin anunciou esta sexta-feira que cancelou as acreditações a seis diplomatas da Embaixada do Reino Unido em Moscovo por suspeita de espionagem e "ameaças à segurança russa".

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No dia em que os Estados Unidos e o Reino Unido debatem autorização de uso de armas de longo alcance por parte da Ucrânia, a Rússia anunciou ter expulsado seis diplomatas britânicos que acusa de espionagem e sabotagem. O governo britânico rejeita a acusação e esclarece que as expulsões ocorreram no mês passado.

Numa breve declaração, o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico reagiu à decisão do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo de suspender as credenciais na sequência de "indícios de espionagem e sabotagem".

"As acusações feitas pelo FSB (Serviço Federal de Segurança da Rússia) contra os nossos funcionários são completamente infundadas", afirmou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que revelou que a revogação tinha sido feita em agosto.

A Rússia anunciou esta sexta-feira que cancelou as acreditações a seis diplomatas da Embaixada do Reino Unido em Moscovo por suspeita de espionagem e "ameaças à segurança russa".

"Como represália aos numerosos atos hostis de Londres, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo (...) retirou a acreditação a seis funcionários do departamento político da embaixada britânica em Moscovo", declararam os serviços de segurança russos (FSB).

O FBS acusou os seis diplomatas britânicos de exercerem "atividades subversivas e de espionagem", de acordo com a mesma nota.

O anúncio de Moscovo coincide com o encontro, desta sexta-feira, do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Washington para discutir o pedido da Ucrânia para poder usar armamento fornecido pelos aliados ocidentais em ataques de longo alcance dentro da Rússia.

Biden autorizou a Ucrânia a disparar mísseis fornecidos pelos Estados Unidos para além da fronteira com a Rússia em autodefesa, mas limitou largamente a distância a que podem ser disparados porque a extensão do limite poderia levar a uma retaliação russa.

Vladimir Putin, avisou na quinta-feira que permitir ataques de longo alcance "significaria que os países da NATO, os Estados Unidos e os países europeus estão em guerra com a Rússia".

"Se assim for, então, tendo em conta a mudança na própria essência deste conflito, tomaremos as decisões adequadas com base nas ameaças que nos serão criadas", acrescentou.

Com LUSA

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