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Itália envia migrantes para a Albânia, um acordo que custa 160 milhões de euros por ano

Os grupos de direitos humanos protestaram na chegada de um grupo de migrantes à Albânia. Foram transportados de Itália para centros de acolhimento, que foram construídos pelos italianos em território albanês. A ideia, que é bem recebida até pela presidente da Comissão Europeia, é pagar a países fora da Europa para os receberem.

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O mediterrâneo, que com muito risco os levou à União Europeia (UE), é o mesmo mar pelo qual navegam para fora. É o primeiro grupo de migrantes que Itália envia para a Albânia. São 16 homens nascidos no Bangladesh e no Egito.

Estavam na ilha italiana de Lampedusa depois de resgatados no mar, o custo da primeira viagem de um navio da Marinha Italiana não ficou barato. Estima-se que tenha chegado aos 300 mil euros.

Os migrantes ficam à espera de uma resposta sobre o asilo que pediram não no país que tanto fizeram para alcançar, mas sim noutro que recebe dinheiro para os acolher.

Itália atira parte do problema da imigração para longe mas isso tem um custo. Construiu dois novos centros de acolhimento na Albânia e os italianos ficam encarregues de os gerir.

Pagam 160 milhões de euros por ano durante os próximos cinco anos aos albaneses. A ideia recebeu o aval da própria presidente da Comissão Europeia e há outros países que podem estar interessados em fazer o mesmo. Mas nem todos concordam com a medida e fizeram questão de o mostrar na chegada deste primeiro grupo à Albânia.

Os migrantes que aqui chegarem terão de esperar cerca de um mês por uma resposta ao pedido de asilo que fizeram. Se for positiva regressam a Itália e se for negativa devem acabar na prisão antes de reenviados para os países de origem.

As autoridades italianas admitem enviar dentro das próximas semanas mais 800 migrantes para os dois campos em território albanês.