Os moldavos estão a decidir a adesão à União Europeia (UE). Pedro Cordeiro, editor de internacional do Expresso, assinala que a suspeita de fraude "não é descabida". Já sobre a guerra no Médio Oriente, considera que as exigências de Israel são "muito pouco" realistas.
A Presidente da Moldávia fala em "fraude" sem precedentes" por "forças estrangeiras" no referendo para adesão à UE. O editor de internacional do Expresso diz que a suspeita "não é descabida", uma vez que a Rússia tem um "currículo" de tentativa de intervir em eleições.
Na SIC Notícias, Pedro Cordeiro diz ainda que os resultados "renhidos" surpreendem porque "contrariam estudos de opinião".
Assinala ainda que haverá "demora maior" nos resultados dos moldavos que vivem no estrangeiro. Estes tendem a ser "mais a favor da adesão" à União Europeia.
Se o “sim” vencer, a entrada no bloco europeu ficará consagrada como objetivo estratégico na Constituição do país. Se o “não” obtiver mais votos, dificilmente o país candidato à UE voltará a ter a confiança dos 27.
Já sobre a guerra no Médio Oriente, assinala que as exigências de Israel para acabar com a guerra no Líbano são "muito pouco realistas".
São exigências, explica, como "carta branca" do exército israelita no Líbano contra o Hezbollah.
Uma das exigências feitas por Israel foi ter liberdade total para a força aérea operar no espaço aéreo libanês. Exigiu ainda que as Forças de Defesa de Israel sejam autorizadas a participar de forma "ativa" para evitar que o Hezbollah se reconstrua perto da fronteira.
"Tenho as maiores reservas em relação a achar que vem daí a solução para a guerra no Líbano neste momento", refere o jornalista do Expresso.
Pedro Cordeiro "duvida" que os ataques, que se destinam "sobretudo à máquina financeira", se fiquem por essa "estrutura".
"Há sempre destruição e morte nestes ataques", refere.
Além disso, o sistema de defesa aérea enviado pelos EUA "reforça" um sistema que já é "forte mas não é infalível".