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Incêndio na Macedónia: familiares de vítimas mortais lutam para apurar responsabilidades

A discoteca que ardeu no domingo era ilegal e não tinha saídas de emergência. O espaço estava cheia para um concerto de uma famosa banda local, onde terão sido usados efeitos pirotécnicos.

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As famílias das 59 pessoas que morreram, num incêndio numa discoteca ilegal, na Macedónia do Norte não sabem a quem pedir responsabilidades. O governo local diz que o espaço funcionava ilegalmente e já foram detidas 15 pessoas, mas a dimensão da tragédia é demasiado grande para que os pais e mães dos jovens que morreram consigam perceber como pode ter acontecido. 

Estão há horas e horas à porta dos hospitais à espera de informações sobre os que tiveram de ser internados e, sobretudo, à espera para saberem quando serão libertados os corpos das 59 vítimas do fogo que destruiu a discoteca onde centenas de jovens se divertiam na madrugada de domingo. 

Os familiares e amigos dos que morreram não sabem a quem exigir responsabilidades. 

A discoteca era ilegal e não tinha saídas de emergência nem um plano que permitisse enfrentar um incêndio. 

A discoteca estava cheia para um concerto de uma famosa banda local, onde terão sido usados efeitos pirotécnicos. Algumas das vítimas tinham apenas 16 anos. 

Mais de 1.500 pessoas estavam no interior da discoteca

Os que estavam lá dentro falam em mais de 1.500 pessoas, num espaço apertado e onde se gerou o caos e o pânico quando os que estavam mais perto do palco se aperceberam do início do fogo e começaram a empurrar os outros para tentarem sair. 

Muitos morreram por inalação de fumo, outros com queimaduras fatais e outros, ainda, porque alguém os pisou na busca por uma porta de saída. 

A Macedónia do Norte decretou sete dias de luto nacional e o governo garantiu uma investigação alargada e inspeções a todas as discotecas do país para evitar outra tragédia deste género. 

Quinze pessoas já foram detidas, suspeitas de responsabilidade neste incêndio.