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Governo dos EUA divulga registos secretos sobre assassinato de Martin Luther King

As cerca de 200.000 páginas que estavam sob sigilo judicial desde 1977 e que, agora, poderão ser consultadas resultam de gesto de transparência, para uns. Para outros, trata-se apenas de mais uma tentativa de distrair a atenção de quem pede a divulgação de todo o material relacionado a outro caso, o de Jeffrey Epstein.

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Apesar da oposição da família, foram mesmo revelados os registos secretos sobre o assassinato de Martin Luther King. São cerca de 200.000 páginas com detalhes da vigilância ao ativista e Prémio Nobel da Paz morto em 1968. O Governo dos EUA diz que é um ato de transparência, mas há quem considere que se trata de uma manobra de Trump para desviar a atenção. 

A ordem executiva para desclassificar alguns registos tinha sido assinada em janeiro, quando DonaldTrump tomou posse. 

Na lista estava documentação relativa ao assassínio de Martin Luther King e que foi reunida pelo FBI e entregue à Administração Nacional de Arquivos e Registos norte-americana. Desde segunda-feira que essa informação é pública.   

A família e o grupo de defesa dos direitos civis, que Luther King liderou até ser assassinado, são contra. Em comunicado, os dois filhos vivos do ativista Prémio Nobel da Paz dizem saber que o assassínio do pai sempre despertou curiosidade pública, mas pedem que os documentos sejam analisados dentro do contexto histórico. 

A família reitera a posição de que o homem condenado pela morte do pai não agiu sozinho e talvez nem tenha sido o autor do crime. 

As cerca de 200.000 páginas que estavam sob sigilo judicial desde 1977 e que, agora, poderão ser consultadas resultam de gesto de transparência, para uns. 

Para outros, trata-se apenas de mais uma tentativa de distrair a atenção de quem pede a divulgação de todo o material relacionado a outro caso, o de Jeffrey Epstein, homem com quem Trump se relacionou e que acabou condenado por tráfico sexual de menores.