Os dias de voo do vaivém espacial Columbia chegaram a um fim abrupto e trágico a 1 de fevereiro de 2003, quando os problemas provocados por danos numa asa condenaram os sete astronautas a bordo.
A NASA perdeu o contacto com a nave 16 minutos antes de aterrar em Cabo Canaveral, na Florida.
O mundo assistiu incrédulo à longa cauda de fumo branco que se desprendia da nave à medida que se despenhava.
Destroços da nave, que se desintegrou sobre o Texas, foram encontrados em mais de 2.000 locais diferentes, até no oeste da Louisiana.
Há 20 anos, o Columbia cumpria a sua 28ª missão. Na altura estava a ser construída a Estação Espacial Internacional.
A tripulação incluía o primeiro astronauta de Israel, Ilan Ramon, e seis norte-americanos - o comandante Richard Husband, o piloto William McCool, o engenheiro de voo Kalpana Chawla, o comandante de carga Michael Anderson e os cirurgiões de voo David Brown e Laurel Clark.
Após 16 dias no espaço, o vaivém estava a voltar para casa quando se despedaçou. Uma das asas tinha sofrido danos na descolagem e a reentrada na atmosfera provocou mais estragos.
Os investigadores do acidente determinaram que um pedaço de espuma isolante do tanque de combustível do vaivém se soltou 81 segundos após a descolagem e atingiu um painel de asa, rachando-o. Essa racha foi fatal.
A NASA não tinha ideia de que detritos de espuma isolante, algo que acontece com frequência durante os lançamentos de vaivéns espaciais, poderiam causar tamanho estrago e os cientistas disseram que foi uma das coisas mais importantes aprendidas com o desastre.
NASA marca 20 anos do desastre com cerimónias de homenagem
Anualmente a NASA faz uma homenagem aos astronautas mortos em serviço numa cerimónia sóbria no Centro Espacial Kennedy. Este ano marca-se o 20º aniversário da morte dos sete astronautas do Columbia, mas são também recordados os outros 18 astronautas que perderam a vida noutros desastres.
Os dois acidentes com os vaivém espaciais da NASA - Columbia e Challenger - representam mais da metade dos nomes esculpidos no granito preto do Space Mirror Memorial. Acidentes de avião foram responsáveis pelas restantes mortes precoces dos astronautas.