Uma das mais fortes explosões solares do Ciclo Solar 25 foi registada a 3 de outubro, após uma nova erupção da mancha solar AR3842. A NASA classificou a explosão como X9 numa escala que vai até X10, tornando-se a mais poderosa deste ciclo até agora.
A explosão solar atingiu o seu pico às 8h18 ET (13h18 em Portugal), sendo captada em imagens pelo Observatório de Dinâmica Solar da NASA, que monitoriza o Sol em permanência.
As explosões solares são eventos energéticos extremamente intensos que podem perturbar as comunicações de rádio, afetar redes elétricas, interferir com sinais de navegação e representar riscos para satélites e astronautas. No entanto, também estão associadas à formação de auroras boreais, as espetaculares luzes coloridas que iluminam o céu.
Devido às condições de tempestade geomagnética, prevê-se que as auroras possam ser visíveis em latitudes médias, por volta dos 50° Norte. Na Europa, há a possibilidade de serem vistas em países como o Reino Unido, Bélgica e até em partes de França entre 5 e 6 de outubro.
Erupções solares
A coroa é a atmosfera externa do Sol que tem uma temperatura de milhares de graus centígrados. Tem uma natureza dinâmica, como é o caso de erupções ou ejeções de massa coronal.
O gás, conhecido como plasma, está em constante movimento, movido e acelerado pelas alterações do campo magnético do Sol. Os arcos de plasma brilhante são mantidos no mesmo lugar por laços de magnetismo que irromperam do interior do Sol em direção à coroa.
O Sol lança um vento solar de partículas que atravessa o Sistema Solar - responsáveis pelas bonitas auroras boreais na Terra. Sabe-se que tem origem na coroa, mas como acontece precisamente ainda não é conhecido e investigar esse fenómeno é um dos principais objetivos científicos da sonda Solar Orbiter, colaboração internacional entre a ESA e a NASA, operada pela ESA.
O Sol está atualmente a aumentar a atividade para um pico, conhecido como máximo solar, que será atingido em 2025.