Uma empresa norte-americana de biotecnologia, que desenvolve um projeto que visa recuperar espécies extintas há milhares de anos, fez esta terça-feira um anúncio surpreendente. Os investigadores da Colossal Biosciences criaram 38 ratinhos geneticamente modificados com características semelhantes ao mamute-lanoso, espécie que desapareceu da Terra há 4.000 anos.
Estes animais habitaram a região do Ártico, com temperaturas geladas, antes de serem extintos. A proposta da Colossal Biosciences é chegar a uma versão modificada do animal e usar as suas características para assegurar a biodiversidade.
"Sabemos que ecossistemas com maior biodiversidade são mais robustos e resilientes. E esperamos que, ao restabelecer essas interações, ao proteger espécies da extinção, protegeremos e preservaremos a biodiversidade que ajudará a estabilizar ecossistemas e interromper a perda de espécies atualmente", disse Beth Shapiro, diretora científica da Colossal Biosciences.
Para criar os ratinhos peludos, os cientistas identificaram também variantes genéticas de parentes vivos do mamute, como o elefante-asiático
Para a pesquisa, os cientistas identificaram genomas extraídos dos restos mortais de dezenas de mamutes e de outros animais semelhantes, extintos e também vivos, como é o caso do elefante-asiático
De acordo com a Colossal Biosciences, a empresa privada de biotecnologia de Dallas, o roedor geneticamente modificado incorpora várias características semelhantes às do mamute-lanoso: tem bigodes encaracolados e cabelos ondulados e claros que crescem três vezes mais do que os de um vulgar ratinho de laboratório.
Os investigadores criaram 38 ratinhos saudáveis e incrivelmente fofos.
"Não houve nenhuma consequência não intencional, além do facto de que são extremamente adoráveis. O único efeito inesperado é que são significativamente mais fofos do que nós esperávamos, o que eu acho que é uma coisa boa," acrescentou Ben Lamm.