País

Neve, chuva e vento fortes provocam estragos pelo continente e Açores

A chuva intensa desta madrugada provocou estragos um pouco por todo o país. Na zona da Marateca, a força do vento fez cair o telhado de um supermercado. Os bombeiros falam de um possível tornado na região. No Algarve, as autoridades registam 11 ocorrências desde segunda-feira. Em Bragança, a neve obrigou ao encerramento de escolas e condicionamentos de trânsito. Nos Açores,

A costa ocidental portuguesa está sob aviso vermelho, o mais grave da escala, devido à previsão de ondas que poderão atingir os dez metros. O aviso vermelho do Instituto de Meteorologia foi accionado às 5h00 e prolonga-se até às 15h00 de amanhã. Face a esta situação, também a Protecção Civil passou de amarelo para laranja o alerta para todos os distritos do litoral.



A chuva intensa desta madrugada provocou estragos na zona da Marateca. A situação mais complicada regista-se no supermercado LIDL que ficou sem telhado que, com a força do vento, acabou por tombar. Os bombeiros falam de um possível tornado na região.



Árvores arrancadas e estragos em telhados no Alentejo



Árvores arrancadas e estragos nos telhados de algumas casas foram as consequências do temporal que hoje de madrugada fustigou a zona de Landeira, concelho de Vendas Novas, disse à agência Lusa o vice-presidente do município local.



Apesar dos prejuízos, António Serralha garantiu que não se registaram feridos, nem desalojados, continuando as casas habitáveis.



"Passou por aqui um tornado", de fraca intensidade , "e, durante cinco a dez segundos, cerca das 06:00, arrancou algumas árvores e danificou telhados", relatou o autarca.



As casas, em cujos telhados foram destruídas telhas e outras que voaram, situam-se na freguesia de Landeira e na pequena povoação de Nicolaus, concelho de Vendas Novas.



Durante a manhã, a população local, com o apoio dos serviços camarários, bombeiros e junta de freguesia, estão a proceder à recolocação das telhas.



Noutros pontos do distrito de Évora, os bombeiros registaram, ao início da manhã, a queda de uma dezena de árvores em diferentes concelhos, em consequência do forte vento, acompanhado por chuva e trovoada, indicou fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS).



Mais a sul, na zona de Vila Nova de Milfontes, concelho de Odemira, os bombeiros também foram chamados para dois casos de queda de árvores, segundo o CDOS de Beja.



Queda de árvores e um poste de iluminação em Caldas da Rainha



Três árvores, um poste de iluminação e um painel publicitário caíram hoje de madrugada em várias localidades do concelho das Caldas da Rainha, em consequência do mau tempo, informaram fontes dos bombeiros.



As situações surgiram "sobretudo a partir das 5h00 da manhã, com chuva e rajadas de vento forte", disse à agência Lusa o comandante dos Bombeiros das Caldas da Rainha, José António Santos, adiantando que "o piquete foi chamado para cinco ocorrências em vários locais".



A queda de um poste de iluminação, na freguesia da Serra do Bouro, e de três árvores, na Lagoa Parceira e Alto dos Moinhos, foram as situações mais graves.



Os bombeiros foram ainda chamados devido à queda de uma painel publicitário, na Estrada da Foz (que liga Caldas da Rainha à Foz do Arelho) e já esta manhã retiraram de uma das entradas da cidade, mais um painel que ameaçava cair.



Cinco homens e dois carros estiveram envolvidos nas ocorrências.



Os bombeiros procedem durante a manhã à verificação de possíveis situações de alerta no concelho e, segundo o comandante, "trabalhadores da câmara estão a efectuar acções de limpeza para prevenir eventuais problemas que decorram do agravamento do estado do tempo".



Em Óbidos, o mau tempo destruiu uma casa de madeira, que servia de apoio ao parque de estacionamento dos bombeiros, na entrada sul vila.



O piquete recebeu ainda uma chamada, devido à queda de uma árvore, junto à ponte da Aboboriz.



Os bombeiros de Óbidos estão agora a "verificar o nível dos rios e barragens", disse à Lusa o comandante da corporação, Sérgio Gomes.



Algarve regista 11 ocorrências desde segunda-feira



O mau tempo registado no Algarve provocou desde segunda-feira 11 ocorrências entre as quais cinco acidentes rodoviários, quedas de uma árvore e de uma estrutura, um deslizamento de terra e um desabamento de muro, segundo a protecção civil.



Em declarações à Lusa, fonte do Comando Distrital de Operação de Socorros (CDOS) adiantou que desde que foi activado o alerta Amarelo, na segunda-feira às 14h00, foram registados cinco acidentes rodoviários na região algarvia, nomeadamente em Loulé, com a colisão entre dois pesados que transportavam substâncias perigosas e que provocou um ferido grave.



Os restantes acidentes foram registados em Lagoa, Silves, Olhão e Castro Marim, mas sem feridos graves.



As autoridades registaram hoje de manhã a queda de uma estrutura em Olhão e a queda de uma árvore em Silves.



Um deslizamento de terra no concelho de Silves, uma derrocada de um muro em Albufeira e a queda de cabos eléctricos em Faro somam as restantes ocorrências registadas pelo CDOS durante o período de alerta.



Depois do alerta Amarelo, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) elevou hoje o alerta, para Laranja, para os distritos de Faro, Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Leiria, Lisboa, Porto, Setúbal e Viana do Castelo, até às 15:00 horas de quinta-feira, devido à agitação marítima.



Vento forte nos Açores e ondas de sete metros em todo o arquipélago



O Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores emitiu hoje um alerta devido à previsão de vento forte nas ilhas das Flores e Corvo e agitação marítima em todo o arquipélago com ondas até sete metros.



O alerta para este grupo de ilhas (ocidental) é válido desde as 7h00 de hoje e deverá prolongar-se até às 10h00 de domingo, atendendo também à previsão de agitação marítima, com ondas de noroeste, passando a oeste, de seis a sete metros.



A previsão do Instituto de Meteorologia indica que, entre a 1h00 e as 18h00 de quinta-feira, nas duas ilhas deste grupo, o vento vai soprar forte de sudoeste, rodando para oeste, com rajadas que poderão atingir 85 quilómetros por hora.



No Grupo Central (Terceira, Graciosa, S. Jorge, Pico e Faial), a previsão também aponta para ondas de seis a sete metros até às 10h00 de domingo.



No Grupo Oriental (S. Miguel e Santa Maria), a agitação marítima vai manter-se até sexta-feira, com ondas de noroeste, passando a oeste, de seis a sete metros.



Na sequência desta previsão, a Protecção Civil recomenda à população que adopte as precauções habituais nestas alturas, alertando especialmente os pescadores para que "redobrem os cuidados e a atenção" durante a faina.



Com Lusa