País

Sónia Brazão condenada a 3 anos de prisão com pena suspensa

A atriz Sónia Brazão foi hoje condenada a três  anos de prisão com pena suspensa, em regime de prova, devido à libertação  de gases asfixiantes por conduta negligente com intenção de se suicidar  aquando da explosão do seu apartamento. 

(Lusa)
MANUEL DE ALMEIDA

Na leitura da sentença, sugere-se -- como uma forma de aplicar o regime  de prova - que, se a atriz consentir, tenha acompanhamento psicológico pelo  período de pena a que foi condenada. 

Para a juíza do Tribunal de Oeiras, ficou provado que em 2011 a atriz  "decidiu pôr fim à sua vida por inalação de gás e ligou os bicos do fogão",  mas não se provou que tenha agido com a consciência de que isso poderia  causar danos a terceiros. 

"Apesar de haver horizonte de trabalho, não havia nada concreto e portanto  esse não é um fator para argumentar que a atriz não se queria suicidar.  O cansaço de todas as deslocações, a dificuldade em dormir e a frustração  de não desenvolver uma atividade estimulante levou a arguida a pensar que  o suicídio resolveria todos os seus problemas. Acredita-se que foi essa  decisão que tomou ao ligar os bicos do fogão", sustentou. 

A juíza considerou ainda que "apenas por mera causalidade ninguém ficou  gravemente ferido". 

 A 03 de junho de 2011, uma explosão ocorrida no 4. andar do número  73 da Avenida da República, em Algés, na casa da atriz, causou dois feridos  e provocou estragos em dezenas de viaturas e várias casas vizinhas. 

Segundo os exames toxicológicos realizados ao sangue e à urina, a atriz  acusou, um dia após a explosão, 0,98 gramas/litro (g/l) de álcool no sangue,  além de substâncias canabinoides, opiáceos e benzodiazepinas (ansiolíticos).

Perante estes dados, os responsáveis pelas análises concluíram que Sónia  Brazão, no momento do incidente, teria uma taxa de 4,27 g/l de álcool no  sangue.

Lusa

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