"Depois de passarem cerca de 470 anos desde que se iniciaram os intercâmbios entre os dois países, estou profundamente emocionado por poder visitar Portugal pela primeira vez como primeiro-ministro do Japão e gostaria de louvar os esforços do povo português, que comemorou os 40 anos da revolução democrática na semana passada", a 25 de Abril, declarou, numa conferência de imprensa conjunta em São Bento.
O chefe do Governo nipónico sublinhou que "ambos os países vieram a desenvolver-se como nações marítimas e possuem vastos territórios", se forem "incluidas as suas áreas marítimas", salientando a importância de Portugal como parceiro em diversas áreas.
"Portugal é um importante parceiro para, porque compartilhamos valores básicos, como a democracia, as regras da lei que asseguram a liberdade marítima, além de diversos interesses económicos", sustentou.
Com base nessa ideia, prosseguiu: "eu e sua excelência, o primeiro-ministro Passos Coelho, chegámos a um acordo para aprofundarmos as nossas parcerias na cooperação de segurança, incluindo medidas contra piratas, e na cooperação para a assinatura, quanto antes, do Acordo de Livre Comércio Internacional com a União Europeia e do Acordo de Parceria Económica entre o Japão e Portugal".
Outro dos pontos abordados na reunião entre os dois responsáveis foi o aprofundamento da parceria do Japão com os países de língua portuguesa" tanto na América do Sul, como em África, através da participação japonesa na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) com o estatuto de observador -- uma pretensão que conta com o apoio de Passos Coelho.
Shinzo Abe indicou ainda que convidou o primeiro-ministro português para visitar o Japão e que este aceitou o convite, sendo a data anunciada em breve.
"Espero que os intercâmbios entre os dois países que têm uma história de mais de 470 anos se desenvolvam ainda mais em diversos níveis", concluiu o chefe do executivo japonês.
Lusa