País

Fenprof reclama abertura extraordinária de 1.500 vagas para Ensino Superior

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof)  apresenta hoje ao Governo uma proposta para vinculação extraordinária de  docentes e investigadores no Ensino Superior, que abrangeria hoje cerca  de 1.500 trabalhadores, segundo os cálculos da estrutura sindical. 

Rui Reis é vice-reitor e cientista da Universidade do Minho e lidera o Grupo 3B's e o Laboratório Associado ICVS/3B's.

"Posso avaliar em cerca de 1.500 à escala nacional os colegas que estão  em regime de tempo integral ou dedicação exclusiva que ainda não tiveram  oportunidade de entrar para a carreira", disse à agência Lusa o responsável  da Fenprof pela área do Ensino Superior, João Cunha Serra. 

Segundo João Cunha Serra, a situação é mais grave no ensino politécnico do que nas universidades. 

Além da abertura de cerca de 1.500 vagas para integrar os profissionais  que já reúnem tempo de serviço e habilitações, a Fenprof pretende também  que no futuro, os docentes acedam imediatamente à carreira logo que reúnam  as duas condições: ter o grau de doutoramento ou o título de especialista  (no caso do politécnico) e três anos completos de contrato para assegurar  necessidades permanentes do sistema. 

"Temos situações várias de colegas já doutorados que não têm oportunidade  de entrar na carreira", justificou Cunha Serra. 

A Fenprof entende que, à semelhança do que aconteceu para os ensinos  básico e secundário, o Ministério da Educação deve abrir vagas para vincular  professores que reúnam as condições académicas para dar aulas no Ensino  Superior e que tenham três anos de contrato, como estabelece a lei geral.

A proposta da estrutura sindical será apresentada durante uma reunião  com o secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes e visa  também dar condições aos docentes que ainda não têm o doutoramento a oportunidade  de o fazerem, através da estabilidade no emprego e dispensa de serviço docente.

Em comunicado, a Fenprof afirma que a proposta se estende a investigadores  e defende que deve ser aplicada ao setor do Ensino Superior a diretiva comunitária  (1999/70) destinada a evitar a contratação sucessiva de docentes a prazo  para suprir necessidades permanentes das entidades empregadoras. 

Lusa