País

Dirigentes escolares lembram que plenários sindicais podem realizar-se noutras escolas

A Associação Nacional de Dirigentes Escolares  desvalorizou esta segunda-feira a indicação dada pela tutela sobre os plenários sindicais à hora da prova de avaliação docente, lembrando que as reuniões podem realizar-se em estabelecimentos onde a prova não é feita.

A prova - de Avaliação de Capacidades e Conhecimentos - começa às 10:30,  mas a Federação Nacional de Professores marcou reuniões para de manhã em escolas, para impedir a realização  do exame
[[António Cotrim]]

"Estamos mais preocupados com a preparação do ano letivo e em garantir  que as provas decorram com tranquilidade", afirmou à agência Lusa o presidente  da associação, Manuel Pereira, assinalando que os plenários sindicais podem  realizar-se em escolas - do mesmo agrupamento - onde não se realizam as  provas.

A Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) deu hoje indicações às escolas, segundo um comunicado do Ministério da Educação, para que  na terça-feira, dia para a qual foi remarcada a prova de avaliação dos professores,  o acesso às instalações escolares onde o exame é feito fique restrito a  "pessoas envolvidas no serviço de natureza urgente e essencial", entre a  abertura dos estabelecimentos e as 14:00, para garantir que a prova decorra  em "condições de tranquilidade adequadas".  

A prova - de Avaliação de Capacidades e Conhecimentos - começa às 10:30,  mas a Federação Nacional de Professores, a maior estrutura sindical docente,  afeta à CGTP, marcou reuniões para de manhã em escolas, para impedir a realização  do exame, dando assim justificação aos docentes do quadro para não comparecerem  ao serviço de vigilância da prova dos colegas, neste caso contratados. 

Face à indicação dada pela tutela às escolas, de que os plenários apenas  podem ocorrer à tarde, a partir das 14:00, a Fenprof anunciou que vai apresentar  uma queixa-crime contra o diretor da DGEstE, participar de quem, nas escolas,  impedir a realização dos plenários e chamar a polícia sempre que os dirigentes  sindicais sejam impedidos de entrar nos estabelecimentos. 

A Fenprof considera que está a ser "cometida uma grave ilegalidade,  que atenta contra a liberdade sindical consagrada na Constituição da República,  pois as reuniões foram devidamente comunicadas, nos termos da lei, e não  podem ser impedidas de se realizarem". 

Além disso, para a Federação Nacional de Professores, a prova de avaliação  docente não é um "serviço próprio" do estabelecimento de ensino, "logo nunca  poderia ser de natureza urgente e essencial". 

A prova destina-se a todos os professores contratados com menos cinco  anos de serviço que a não puderam fazer a 18 de dezembro, devido a uma greve  de docentes e a incidentes em várias escolas.

Lusa