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Solicitadores alertam que apenas cinco mil dos processos executivos entraram este mês no Citius

O presidente da Câmara dos Solicitadores disse  hoje que este mês deviam ter entrado no Citius e serem distribuidos pelos  agentes de execução perto de uns "12 a 15.000 processos" e quinta-feira  tinham entrado apenas 5.000.    

(Arquivo)

  "E nesses entrados ainda faltam, diligências de confirmação, de pagamento  de preparos ou de taxas de justiça", disse José Carlos Resende, que falava  à Lusa a propósito dos problemas com que os solicitadores se têm confrontado  diariamente ao lidar com a plataforma informática Citius, que desde o início  do mês está com problemas.  
  
    Outra das questões que está a afetar o trabalho dos solicitadores e  está relacionado com os problemas verificados no Citius tem a ver com a  notificação dos executados, referiu.  
  
     "Sempre que notificamos um executado e lhe damos um prazo para responder,  como o executado responde ao tribunal (...) temos que suspender o processo  à espera que o tribunal nos diga se  1/8o executado 3/8 respondeu ou não", frisou. 
  
    José Carlos Resende acrescentou que os problemas verificados no Citius  afetam os solicitadores a dois níveis: enquanto mandatários judiciais, que  gerem processos e assumem a qualidade de procuradores, em que sentem problemas  idênticos ao dos advogados, nomeadamente o melhor ou pior acesso ao Citius  e como agentes de execução que têm na mão quase metade dos processos pendentes  e que rondam "um milhão".  
  
    Outro problema decorrente das falhas na plataforma informática da justiça  que perturba a atividade dos solicitadores tem a ver com "tudo o que implique  conexões com o tribunal", referiu.  
  
    "Quando pedimos o agendamento de um dia para venda de bens, aí automaticamente  fica suspenso à espera que o tribunal nos responda", exemplificou.  
  
    Sublinhou que os solicitadores "não têm dramatizado muito" os problemas  existentes com o Citius porque havia tribunais que demoravam meses, às vezes  anos, a responder àquelas questões.  
  
    A funcionar, segundo José Carlos Resende, estão todas as diligências  que podem ser feitas através do sistema informático dos solicitadores, nomeadamente  a ligação às bases de dados, a informação sobre o património dos executados,  a sua localização, a própria penhora de bens móveis, como os automóveis,  dos prédios e a penhora de depósitos bancários.  


 LUSA