"E nesses entrados ainda faltam, diligências de confirmação, de pagamento de preparos ou de taxas de justiça", disse José Carlos Resende, que falava à Lusa a propósito dos problemas com que os solicitadores se têm confrontado diariamente ao lidar com a plataforma informática Citius, que desde o início do mês está com problemas.
Outra das questões que está a afetar o trabalho dos solicitadores e está relacionado com os problemas verificados no Citius tem a ver com a notificação dos executados, referiu.
"Sempre que notificamos um executado e lhe damos um prazo para responder, como o executado responde ao tribunal (...) temos que suspender o processo à espera que o tribunal nos diga se 1/8o executado 3/8 respondeu ou não", frisou.
José Carlos Resende acrescentou que os problemas verificados no Citius afetam os solicitadores a dois níveis: enquanto mandatários judiciais, que gerem processos e assumem a qualidade de procuradores, em que sentem problemas idênticos ao dos advogados, nomeadamente o melhor ou pior acesso ao Citius e como agentes de execução que têm na mão quase metade dos processos pendentes e que rondam "um milhão".
Outro problema decorrente das falhas na plataforma informática da justiça que perturba a atividade dos solicitadores tem a ver com "tudo o que implique conexões com o tribunal", referiu.
"Quando pedimos o agendamento de um dia para venda de bens, aí automaticamente fica suspenso à espera que o tribunal nos responda", exemplificou.
Sublinhou que os solicitadores "não têm dramatizado muito" os problemas existentes com o Citius porque havia tribunais que demoravam meses, às vezes anos, a responder àquelas questões.
A funcionar, segundo José Carlos Resende, estão todas as diligências que podem ser feitas através do sistema informático dos solicitadores, nomeadamente a ligação às bases de dados, a informação sobre o património dos executados, a sua localização, a própria penhora de bens móveis, como os automóveis, dos prédios e a penhora de depósitos bancários.
LUSA