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PJ não afasta hipótese de rapto

Molhado, com frio, mas sem sinais de hipotermia ou maus-tratos. O pequeno Martim foi encontrado esta manhã, depois de ter estado 25 horas desaparecido. A Polícia Judiciária mantém em aberto todas as possibilidades na investigação.

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Martim, de 2 anos, foi encontrado pela GNR e Polícia Judiciária 25 horas depois de ter sido visto pela última vez. As autoridades encontraram a criança pouco depois das 10 da manhã, a cerca de dois quilómetros da casa dos avós , em Amieira, no concelho de Ourém, numa zona florestal

A criança estava molhada, com frio, mas sem sinais de hipotermia. Terá sido o choro que alertou para a sua localização.

Foram chamadas duas ambulâncias, enquanto na casa dos avós foi alimentada, tomou banho e mostrou-se bem disposta. Foi levada meia hora depois para o hospital de Leiria, na companhia da mãe, para ser observada.

As buscas do dia, alargadas, duraram apenas uma hora, depois de durante toda a segunda-feira as autoridades terem percorrido os vários quilómetros num perímetro mais perto da casa dos avós.

A distância a que foi encontrada e o facto de a noite ter sido fria e muito chuvosa levam a Polícia Judiciária a não afastar a questão do rapto.

A PJ pede também que em situações futuras se evitem especulações que prejudiquem as buscas.

Já no hospital, os médicos confirmaram que a criança não estava em hipotermia e que não tem sinais de agressões. Estão a ser feitas perícias médico-legais e o menino vai ficar mais alguras horas internado.

À SIC Notícias, o psicólogo forense Mário Paulino disse hoje que o exame clínico que está a ser feito à criança pode ser determinante para perceber o que aconteceu durante as 25 horas em que esteve desaparecido.

Por sua vez, a psicóloga clínica e forense Rute Agulhas indicou que a prioridade na investigação ao desaparecimento deve passar por fazer uma avaliação do estado físico e emocional da criança.

A mãe e os avós estiveram a prestar declarações até às duas e meia da manhã, nas instalações da Polícia Judiciária de Leiria, como testemunhas.

O pai da criança foi também contatado. Encontra-se em França e deverá também ser inquirido.

Nascido em França, o pequeno Martim estava entregue à guarda da mãe e tem vivido com os avós em Amieira, Leiria.