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CGTP confirma "grande adesão" à greve geral da função pública

Arménio Carlos faz um balanço positivo da participação nas primeiras horas de protesto.

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Arménio Carlos faz um balanço positivo da adesão, nas primeiras horas de greve. O secretário-geral da CGTP considera que o aumento dos salários na função pública é fundamental para fazer crescer a economia.

"As indicações que temos é que estamos perante uma grande adesão quer nos hospitais, na recolha de resíduos sólidos, quer na educação, quer noutros setores que hoje de manhã vão ter percalços significativos", adiantou Arménio Carlos hoje de manhã junto à Escola EB2/3 Manuel da Maia, em Lisboa, que está encerrada devido à paralisação.


Segundo o sindicalista, na origem da greve está a "não atualização dos salários de cerca de 600 mil trabalhadores pelo décimo ano consecutivo, as carreiras bloqueadas na maior parte dos casos, as progressões longe do desejável e a falta de resposta para a aquisição de mais trabalhadores".


"Esta greve demonstra o grande descontentamento e indignação pelo facto de as carreiras continuarem congeladas e sem resposta e por outro lado continuarmos a assistir a situações de precariedade como as que ocorrem aqui na [escola] Manuel da Maia onde contratam trabalhadores por três horas e meia para desenvolver uma atividade que é permanente", disse.

Arménio Carlos destacou também que "este é o momento certo para que a população perceba que quando os trabalhadores estão a lutar estão a fazê-lo para melhorar os serviços públicos.

Greve convocada pela UGT e CGTP

A greve geral da função pública de hoje foi marcada pela UGT e pela CGTP. Os trabalhadores manifestam-se contra o congelamento salarial por mais um ano.


A greve dos funcionários públicos deverá ter uma elevada adesão, com um impacto mais visível nos setores da saúde,


A paralisação começou por ser marcada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP), há cerca de um mês, na expectativa de que o Governo ainda apresentasse uma proposta de aumentos generalizados para a função pública, o que não veio a concretizar-se.


A Federação Sindical da Administração Pública (FESAP) e a Federação Nacional da Educação (FNE), filiadas na UGT, marcaram dias depois greve para a mesma data, pelos mesmos motivos.


A última greve nacional da administração pública ocorreu em 26 de outubro e foi convocada pela Frente Comum, pela FESAP e pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).


Os trabalhadores da função pública têm os salários congelados desde 2009.