O Ministério da Administração Interna anunciou este sábado a abertura de um "inquérito urgente" às golas inflamáveis, incluídas num kit de emergência distribuído pela Proteção Civil no âmbito do programa "Aldeias Seguras".
Em comunicado, hoje divulgado, o Ministério da Administração Interna diz que, "face às notícias publicadas sobre aspetos contratuais relativamente ao material de sensibilização, o ministro da Administração Interna pediu esclarecimentos à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e determinou a abertura de um inquérito urgente à Inspeção-Geral da Administração Interna".
Ainda este sexta-feira, Eduardo Cabrita tinha desvalorizado o caso, defendendo que a comunicação social é irresponsável e alarmista por destacar esse facto em vez de sublinhar o valor do programa.
Setenta mil golas antifumo fabricadas com material inflamável e sem tratamento anticarbonização, que custaram 125 mil euros, foram entregues pela Proteção Civil.
As golas antifumo, fabricadas em poliéster, "não têm a eficácia que deveriam ter: evitar inalações de fumos através de um efeito de filtro".
Afinal, para que servem as golas inflamáveis?
A Proteção Civil disse esta sexta-feira que se trata apenas de um kit de sensibilização, mas Patrícia Gaspar, Comandante Operacional Nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, diz que servem para proteção inicial.